Direção: Brian Yuzna
Roteiro: Rick Fry, Woody Keith, Brian Yuzna
Produção: Brian Yuzna; Michael Muscal
(Coprodutor); Hidetaka Konno, Keith Walley, Paul White (Produtores Executivos)
Elenco: Jeffrey Combs, Bruce Abbott,
Claude Earl Jones, Fabiana Udenio, David Gale, Kathleen Kimmot
A Noiva de
Re-Animator é igualmente divertido como seu
antecessor, Re-Animator –
A Hora dos Mortos Vivos, muito pelo fato de trazer novamente para as
telas toda a patota do original, exceto pelo diretor, Stuart Gordon,
substituído pelo produtor dos dois filmes, Brian Yuzna. Tá, pode não ser a
melhor sequência da história da sétima arte, mas acerta em cheio principalmente
em repetir os elementos de sucesso que tornaram o primeiro longa tão icônico, e
acrescentar ainda mais a dose de splatstick,
humor negro, experiências malucas, zumbis e gore. E ah, uma cabeça com asa
de morcegos! Depois dos horrendos acontecimentos no hospital da Universidade de
Miskatonic, o famigerado Dr. Herbert West (mais uma vez vivido por Jeffrey
Combs) e seu parceiro, Dan Cain (mais uma vez vivido por Bruce Abbot) resolvem
se mandar para o Peru, que durante uma guerra civil, se torna o local
ideal para continuar suas experiências com o reagente fluorescente capaz de
trazer os mortos à vida. Ao descobrir o componente químico que procurava para
poder reanimar tecidos orgânicos, West vê que é a hora de voltar para casa. Como
se NADA TIVESSE ACONTECIDO, oito meses depois ambos estão lá novamente no
condado de Arkham, Massachussets, praticando no hospital de Miskatonic, onde
conseguirão partes de corpos para que West coloque em prática seu novo plano,
ao melhor estilo Frankenstein: criar vida a partir de um cadáver reconstruído. Para isso, eles
escolhem como base uma antiga funerária, assim podendo descartar facilmente e
sem suspeitas os pedaços rejeitados. Nesse ínterim, o Dr. Graves (Mel Stewart)
é o novo encarregado do necrotério do hospital, onde estão guardadas as partes
do massacre que ocorrera há oito meses. Fuçando por ali, ele descobre o
reagente do Dr. West e também a FAMOSA cabeça tarada do Dr. Hill (mais uma vez
vivida David Gale), aquela mesma fã da cunilíngua. A cabeça continua viva e
seus poderes telepáticos de controle dos zumbis continua com tudo, uma vez que
alguns deles foram mantidos presos na área de isolamento. Incluindo aí a esposa
do Tenente Leslie Chapman (Claude Earl Jones), que ficará na bota de West e
Cain para tentar descobrir o acontecido a todo custo, mas terá um destino
trágico por conta das experiências da dupla. Cain tenta manter um pouco de sua
humanidade, envolvendo-se romanticamente com Francesca (Fabiana Udenio), que
conhecera no Peru e também mostrando uma forte relação de afeto com Gloria
(Kathleen Kinmont), uma paciente terminal, que após morrer, será levada por
West para que ele possa concluir seu experimento macabro. Como ele vai
convencer mais uma vez o subserviente Cain a ajuda-lo? West rouba o coração de
Meg Hasley, a filha do reitor, aquela que morrera durante a balbúrdia no
hospital (os produtores, escritores e diretor resolveram ignorar completamente
aquele final em aberto de Re-Animator) e por quem ele era apaixonado. Mas
a grande nêmese de West, o Dr. Hill, também busca por vingança e obriga o Dr.
Graves a costurar ASAS DE MORCEGO ao lado de sua cabeça decapitada, assim,
podendo voar e se locomover até o covil de Herbert, onde durante o ato final,
uma pequena horda de zumbis e pedaços rejeitados de corpos reanimados começa a
atacá-los, enquanto Cain ainda tem que lidar com a confusão de ressuscitar
Gloria com o coração de Meg. Fora a pontual homenagem aos filmes de cientistas
loucos da Era de Ouro de Hollywood e dos anos 50 (claro que A Noiva de
Frankenstein é a mais óbvia) e os efeitos especiais, alguns
bem sangrentos e nojentos, como a desconstrução de Gloria ao ser desprezada por
Cain, após tentar lhe dar seu coração (LITERALMENTE) e outros que são toscos e
engraçadíssimos, como a cabeça alada do Dr. Hill aparecendo em sobreposição de
imagens, ou uma par de dedos reanimados separadamente em stop motion. Mas
que faz parte do charme da bagaceira trash. A Noiva de Re-Animator é
repleto de nonsense, escracho e sanguinolência, o que por si só, já é o
suficiente para agradar ao fã do horror, mas também respeita
o cult que é o primeiro filme e remete vagamente em seu início ao
conto de H.P. Lovecraft mostrando a cena de West e Cain reanimando corpos
durante a guerra. O cientista louco então só voltaria à ativa 13 anos depois no
desnecessário Re-Animator – Fase Terminal.
FONTE:
https://101horrormovies.com/2015/02/06/608-a-noiva-de-re-animator-1990/
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