quarta-feira, 1 de junho de 2016

#608 1990 A NOIVA DO RE-ANIMATOR (Bride of Re-Animator, EUA)


Direção: Brian Yuzna
Roteiro: Rick Fry, Woody Keith, Brian Yuzna
Produção: Brian Yuzna; Michael Muscal (Coprodutor); Hidetaka Konno, Keith Walley, Paul White (Produtores Executivos)
Elenco: Jeffrey Combs, Bruce Abbott, Claude Earl Jones, Fabiana Udenio, David Gale, Kathleen Kimmot

A Noiva de Re-Animator é igualmente divertido como seu antecessor, Re-Animator – A Hora dos Mortos Vivos, muito pelo fato de trazer novamente para as telas toda a patota do original, exceto pelo diretor, Stuart Gordon, substituído pelo produtor dos dois filmes, Brian Yuzna. Tá, pode não ser a melhor sequência da história da sétima arte, mas acerta em cheio principalmente em repetir os elementos de sucesso que tornaram o primeiro longa tão icônico, e acrescentar ainda mais a dose de splatstick, humor negro, experiências malucas, zumbis e gore. E ah, uma cabeça com asa de morcegos! Depois dos horrendos acontecimentos no hospital da Universidade de Miskatonic, o famigerado Dr. Herbert West (mais uma vez vivido por Jeffrey Combs) e seu parceiro, Dan Cain (mais uma vez vivido por Bruce Abbot) resolvem se mandar para o Peru, que durante uma guerra civil, se torna o local ideal para continuar suas experiências com o reagente fluorescente capaz de trazer os mortos à vida. Ao descobrir o componente químico que procurava para poder reanimar tecidos orgânicos, West vê que é a hora de voltar para casa. Como se NADA TIVESSE ACONTECIDO, oito meses depois ambos estão lá novamente no condado de Arkham, Massachussets, praticando no hospital de Miskatonic, onde conseguirão partes de corpos para que West coloque em prática seu novo plano, ao melhor estilo Frankenstein: criar vida a partir de um cadáver reconstruído. Para isso, eles escolhem como base uma antiga funerária, assim podendo descartar facilmente e sem suspeitas os pedaços rejeitados. Nesse ínterim, o Dr. Graves (Mel Stewart) é o novo encarregado do necrotério do hospital, onde estão guardadas as partes do massacre que ocorrera há oito meses. Fuçando por ali, ele descobre o reagente do Dr. West e também a FAMOSA cabeça tarada do Dr. Hill (mais uma vez vivida David Gale), aquela mesma fã da cunilíngua. A cabeça continua viva e seus poderes telepáticos de controle dos zumbis continua com tudo, uma vez que alguns deles foram mantidos presos na área de isolamento. Incluindo aí a esposa do Tenente Leslie Chapman (Claude Earl Jones), que ficará na bota de West e Cain para tentar descobrir o acontecido a todo custo, mas terá um destino trágico por conta das experiências da dupla. Cain tenta manter um pouco de sua humanidade, envolvendo-se romanticamente com Francesca (Fabiana Udenio), que conhecera no Peru e também mostrando uma forte relação de afeto com Gloria (Kathleen Kinmont), uma paciente terminal, que após morrer, será levada por West para que ele possa concluir seu experimento macabro. Como ele vai convencer mais uma vez o subserviente Cain a ajuda-lo? West rouba o coração de Meg Hasley, a filha do reitor, aquela que morrera durante a balbúrdia no hospital (os produtores, escritores e diretor resolveram ignorar completamente aquele final em aberto de Re-Animator) e por quem ele era apaixonado. Mas a grande nêmese de West, o Dr. Hill, também busca por vingança e obriga o Dr. Graves a costurar ASAS DE MORCEGO ao lado de sua cabeça decapitada, assim, podendo voar e se locomover até o covil de Herbert, onde durante o ato final, uma pequena horda de zumbis e pedaços rejeitados de corpos reanimados começa a atacá-los, enquanto Cain ainda tem que lidar com a confusão de ressuscitar Gloria com o coração de Meg. Fora a pontual homenagem aos filmes de cientistas loucos da Era de Ouro de Hollywood e dos anos 50 (claro que A Noiva de Frankenstein é a mais óbvia) e os efeitos especiais, alguns bem sangrentos e nojentos, como a desconstrução de Gloria ao ser desprezada por Cain, após tentar lhe dar seu coração (LITERALMENTE) e outros que são toscos e engraçadíssimos, como a cabeça alada do Dr. Hill aparecendo em sobreposição de imagens, ou uma par de dedos reanimados separadamente em stop motion. Mas que faz parte do charme da bagaceira trash. A Noiva de Re-Animator é repleto de nonsense, escracho e sanguinolência, o que por si só, já é o suficiente para agradar ao fã do horror, mas também respeita o cult que é o primeiro filme e remete vagamente em seu início ao conto de H.P. Lovecraft mostrando a cena de West e Cain reanimando corpos durante a guerra. O cientista louco então só voltaria à ativa 13 anos depois no desnecessário Re-Animator – Fase Terminal.
FONTE: https://101horrormovies.com/2015/02/06/608-a-noiva-de-re-animator-1990/

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