Direção: Tom McLoughlin
Roteiro: Lawrence Konner, Mark Rosenthal (baseado no conto de
Stephen King)
Produção: Michael S. Murphey; Milton Subotsky, David C. Thomas
(Coprodutores); Dino De Laurentiis (Produtor Executivo)
Elenco: Tim Matheson, Brooke Adams,
Robert Rusler, Chris Demetral, Robert Hy Gorman
Para variar, mais uma adaptação da obra de Stephen King, desta vez direto
para a TV, que é uma porcaria. Mas é chover no molhado falar esse tipo de
coisa, porque como bem sabemos, a grossa maioria dos filmes baseados nos contos
e livros do escriba do Maine, principalmente aqueles lançados à rodo durante os
anos 80 e 90, se encaixam nessa categoria. Às Vezes
Eles Voltam é totalmente Stephen King na essência de sua
história, publicada originalmente na coletânea “Sombras das Noite”, de 1978
(que por sinal, deu origem a uma penca de adaptações). Uma cidadezinha do
interior americano, um sujeito culpado durante toda a vida pela morte de seu
irmão, que se tornou um fracassado e é obrigado a voltar ao seu passado como
última chance de ganhar a vida… Ah, e os valentões de topete, brilhantina no
cabelo e jaquetas de couro que praticavam bullying com as crianças
nos anos 50. Jim Norman (Tim Matheson) viveu a vida toda carregando o peso da
morte de seu irmão mais velho, Wayne (Chris Demetral), atingido por um canivete
ao serem atazanados por uma gangue em um túnel de trem. Só que os meliantes
acabaram sendo atropelados pela locomotiva em um terrível acidente. Passa-se
trinta anos, Norman precisa recomeçar e volta com sua esposa, Sally (Brooke
Adams) e seu filho, Scott (Robert Hy Gorman) para lecionar em sua cidade natal,
estopim para que os membros da gangue, Richard Lawson (Robert Rusler), Vinnie
Vincent (Nicholas Sadler) e David North (Bentley Mitchum) também regressem do
além-túmulo para persegui-lo e matar seus alunos. Isso porque eles buscam vingança,
uma vez que Norman guarda um segredo crucial (revelado em sua conclusão). Ou
seja, como o próprio filme diz, se pessoas morrem de forma não natural e têm
assuntos a resolver em nosso plano, às vezes eles voltam (RÁ!). Cabe então ao
professor apavorado proteger sua família enquanto seus alunos vão sendo mortos
para que os espíritos vingativos voltem à vida, tomando seus lugares, ao mesmo
tempo em que passa a ser o principal suspeito desses assassinatos. Tudo para
culminar no confronto final no mesmo túnel de trem, com direito ao espírito
reluzente de Wayne, um dos punks redimidos e os três escroques com sua caranga
envenenada que sequestraram sua esposa e filho, para que a situação seja
recriada e seus destinos selados. Temos uma trama sobrenatural de espíritos vingativos
que até é interessante, que assumem forma humana, mas aparecem de vez em quando
em seu carrão com formas meio demoníacas e meio cadáveres putrefatos, mas tudo
se esvai com um roteiro raso e desenvolvimento pobre de personagens, atores de
quinta categoria em um filme burocrático para a TV, feito em 30 dias, com uma
direção nada inspirada e um final tão cafona, mas tão cafona, que chega a ser
patético. Essa é a última das adaptações da obra de King que o produtor Dino De
Laurentiis, outrora um poderoso de Hollywood, tem em sua bagagem. Entre erros e
acertos, colocamos na sua conta: A Hora da
Zona Morta, Olhos de Gato, A Hora do
Lobisomem e Comboio do Terror. Às Vezes Eles Voltam é mais um que entra para o rol dos filmes
dispensáveis, sem qualquer importância para o cânone da obra de King e
completamente esquecível. E realmente os anos 90 foram uma calamidade geral
para o gênero, afinal, até um filme completamente meia-boca, sem apelo nenhum e
qualidade discutível, ganhou DUAS sequências, direto para o vídeo: Às
Vezes Eles Voltam 2 em 1996 e Às Vezes Eles Voltam… Para Sempre!.
Felizmente essa última parte é propaganda enganosa e não voltaram para sempre.
FONTE:
https://101horrormovies.com/2015/02/13/613-as-vezes-eles-voltam-1991/
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