Direção: Freddie Francis
Roteiro: John Elder (baseado
no personagem criado por Bram Stoker)
Produção: Aida
Young
Elenco: Christopher
Lee, Rupert Davies, Veronica Carlson, Barbara Ewing, Barry Andrews, Ewan
Hooper, Michael Ripper
Drácula está de volta, no
terceiro filme da Hammer em que Christopher Lee encarna o chupador de sangue
mor: Drácula – O
Perfil do Diabo. E este título em português, hein? Imagino este o
título de matéria com um perfil de Drácula naquelas revistas de fofocas, estilo
Caras, sabe? Enfim, na minha opinião, Drácula – O Perfil do Diabo é
um dos mais bacanas da série. Violento, sanguinário, cruel. Christopher Lee
representa um vampiro do mal MESMO mesmo aqui. Tem umas quatro ou cinco falas
apenas, mas só de olhar para a cara do sujeito com aqueles caninos pontiagudos
e seus olhos vermelhos, já dá o maior medo de encontrá-lo por aí em uma esquina
escura da Transilvânia. Dirigido por Freddie Francis, mesmo diretor de O Monstro de Frankenstein (que recebeu esse filme no colo
pelo mesmo motivo do anterior, pois Terence Fisher, escalado para dirigir,
havia sofrido um acidente de carro), e escrito por Anthony Hinds (sob o
pseudônimo de John Elder), Drácula – O Perfil do Diabo já começa com
os dois pés no peito, com um padre e seu assistente mudinho encontrando uma
bela donzela morta em plena igreja, difamada pelo Drácula. Por conta disso,
obviamente a população do vilarejo vive assustada por estar sob a sombra de seu
castelo e pararam de ir à igreja aos domingos, que ficou largada às moscas. Até
monsenhor Ernest Mueller (Rupert Davies) chegar ao local, dar um esporro no
padre e em todos os aldeões supersticiosos, e resolver subir até o castelo de
Drácula no topo da montanha, onde ele jazia congelado há um ano, desde o final
de Drácula – O
Príncipe das Trevas. Ele leva o deprimido e medroso padre (Ewan
Hooper) para subir a montanha e colocar uma gigantesca cruz na entrada na
porta, para que aquele mal nunca se liberte de lá e o povo volte a frequentar a
paróquia local. Só que o padre com medo fica pela metade do caminho enquanto o
monsenhor continua sua procissão. Uma tempestade se forma, e a ventania acaba
derrubando o padre, que cai no chão ensanguentado. E eis que, milimetricamente,
o sangue cai bem na boca de onde Drácula jazia, e o traz de volta à vida. Com
seus poderes hipnóticos, Drácula ira transformar o padre em seu ajudante para
lhe encontrar novas donzelas para que ele possa sugar o sangue. Nesse ínterim,
vamos conhecer Paul (Barry Andrews), um jovem padeiro, ajudante de bar,
estudante de medicina e ateu convicto, que namora a inocente e certinha sobrinha
do monsenhor, Maria Mueller (Veronica Carlson). Todo mundo sabe que o Drácula é
o mais talarico dos monstros, e obviamente ele vai querer dar uma chupada na
jugular da moça loira. Mas antes disso ele vai se aproveitar da ruiva Zena
(Barbara Ewing), que é preterida por Paul, mesmo arrastando uma asa para cima
dele e usando decotes lascivos ao melhor estilo filmes da Hammer. Drácula suga
seu sangue, a transforma em uma rameira do inferno, e depois também dá uma
gelada na coitada, trocando-a pela inocente Maria. Coitada da Zena! Daí irá se
seguir aquela velha batalha do mocinho contra o monstro das trevas pela alma da
garota. Só que aí tem um pulo do gato que faz Drácula – O Perfil do
Diabo sensacional. Como disse lá em cima, Paul é ateu, então cruzes, estacas,
tudo que ele usar contra o vampiro não irá funcionar, porque é preciso fé. E
você pensa que no final vai rolar aquela babaquice dele encontrando Deus,
tornando-se um cristão fervoroso para destruir Drácula. Nada disso, ele
continua irredutível em sua crença, e a redenção para destruir o sanguessuga
vai vir mesmo do padre, quando Drácula é empalado pela cruz na montanha, e ele
se redime rezando para a vil criatura da escuridão ser destruída de uma vez por
todas. Até o próximo filme da franquia, claro. Drácula – O Perfil do
Diabo foi o filme comercialmente mais rentável da Hammer, e durante a
produção, foi o estúdio foi presenteado com o UK Queen’s Award for Industry.
Christopher Lee gosta de contar a história sobre esse prêmio, pois o prêmio foi
dado enquanto eram filmadas as cenas finais com Drácula empalado nas rochas, e
um grupo de dignitários do governo britânico assistindo Lee gritando e com
sangue jorrando por todos os lados. Após a cena, com estômago embrulhado, um
ministro inglês virou-se para a mulher e disse: “Esse homem é um membro do meu
clube?”. Dá-lhe Hammer. Dá-lhe Christopher Lee!
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/07/10/210-dracula-o-perfil-do-diabo-1968/
Nenhum comentário:
Postar um comentário