Direção: Anthony Hickox
Roteiro: Anthony Hickox
Produção:Staffan
Ahrenberg, Eyal Rimmon; Gregory Cascante, Dan Ireland, William J. Quigley,
Mario Sotela (Produção Executiva)
Elenco: Zach
Galligan, Jennifer Bassey, Joe Baker, Deborah Foreman, Michelle Johnson, David
Warner, Eric Brown
Não é só a fatídica sequência do lobisomem,
mas na real, com aquele típico clima dos anos 80, o longa escrito e dirigido
por Anthony Hickox é uma belíssima homenagem ao cinema de horror. E um filme
bem divertido por consequência. Começa pelo fato do enredo se passar em um
museu de cera. O título original é “Waxwork”, quase o mesmo nome internacional
de O Gabinete
das Figuras de Cera, um clássico do expressionismo alemão. Um bando
de amigos universitários é convidado pelo misterioso dono do museu, David
Lincoln, vivido pelo ator David Warner (o padre Jennings, de A Profecia), para a avant première do local, aberto
recentemente em uma cidadezinha. O entretenimento obviamente é composto por
bizarras e mórbidas figuras em cera de personagens do cinema de terror, e
também da vida real, como o Marquês de Sade, por exemplo. Porém, ali dentro os
visitantes atravessam uma espécie de barreira dimensional, ou passagem (hein,
hein?) que o levam para um verdadeiro conto de terror. Os dois primeiros a se
tornarem vítimas são Tony (Dana Ashbrook – que talvez você lembre como Bobby
Brigs de Twin Peaks) e China (Michelle Johnson). O rapaz acaba entrando na
dimensão de um lobisomem (vivido por John Rhys-Davis, ou o anão Gimli, da
trilogia O Senhor dos Anéis, para os mais chegados), e a moçoila vai parar
em um castelo do Conde Drácula (Miles O’Keefe) onde é obrigada a comer carne
crua banhada com sangue e enfrentar o vampiro e suas concubinas do inferno. Mark
Loftomore (Zach Galligan) e Sarah Brightman – não a cantora – (Deborah Foreman)
ficam encafifados com o sumiço dos amigos e resolvem procurar a polícia, que
não dá a mínima (mas depois resolvem investigar e acabam partindo dessa para
uma melhor também) e depois Mark descobre que na verdade seu avô colecionava
artefatos das “18 criaturas mais malvadas que já viveram” e Lincoln os roubou,
onde por meio de magia negra, trouxe os monstros à vida na forma das figuras de
cera, alimentando-as com as almas de suas vítimas. A lista das 18 terríveis
criaturas usadas no filme, além do Drácula, o lobisomem e o Marquês de Sade, já
citados são: o Fantasma da Ópera, a Múmia, os zumbis (que aparecem em uma
sequência P&B em uma homenagem ao A Noite dos
Mortos-Vivos do Romero), o monstro de Frankenstein, Jack, o
Estripador, o Homem-Invisível, um sacerdote vodu, uma bruxa, o Homem-Cobra, um
casulo de Vampiros de Almas, um bebê
mutante (de Nasce um Monstro), um
assassino com machado que é uma lenda urbana (originalmente seria Jason
Voorhees, ideia dispensada por problemas legais), um alienígena, uma planta
carnívora gigante (que devora o anão comparsa de Lincoln) e o Médico e o
Monstro. Maior homenagem ao cinema de horror não há! A Passagem tem toda
aquela famosa mistura de comédia com horror tão costumeira nos filmes do gênero
dos anos 80, mesclado com cenas de gore muito bacanas (como a
sequência dos vampiros, e adivinhe? Do lobisomem) e bons efeitos de maquiagem
(que também remetem muito aos moldes feitos durante aquela década), trabalho
árduo de Bob Keen que gastava 18 horas por dia durante as oito semanas de filmagem
para dar vida aos monstros. Uma curiosidade interessante é que para o papel do
Sr. Wilfrid, aquele que auxilia Mark contando a história de seu avô, foram
considerados Michael Gough, Christopher Lee, Peter Cushing e Donald Pleasence,
todos veteranos conhecidos do fã do horror. O papel ficou com Patrick Macnee.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/11/13/565-a-passagem-1988/
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