Direção: Gary
Sherman
Roteiro: Gary
Sherman, Brian Taggert, Steve Feke (não creditado)
Produção: Barry
Bernardi, Gary Sherman (Produtores Executivos)
Elenco: Tom
Skerrit, Nancy Allen, Heather O’Rourke, Zelda Rubinstein, Lara Flynn Boyle,
Kipley Wentz
Quando você pensa que Poltergeist
II – O Outro Lado é o mais baixo no quesito “continuações” que
um dos mais clássicos filmes do cinema de horror poderia chegar, é quando eles
vêm e BLAM! Entregam uma aberração cinematográfica do quilate de Poltergeist III. Talvez a única
coisa que gere um pingo de curiosidade (ou publicidade, talvez) para essa
terceira parte da franquia é o fato de que a jovem Heather O’Rourke, que
interpretou Carol Anne nos três filmes, tenha morrido durante a pós-produção,
de parada cardíaca, devido a uma inflamação crônica no intestino, no dia 1º de
fevereiro de 1988, aos 12 anos. Ou, mais uma “maldição de Poltergeist”, para a
conta das lendas urbanas no filme. Na verdade foi a maldição derradeira, que
fez com que a série finalmente descansasse em paz. Isso porque além de tudo, o
filme foi recebido de forma péssima pelo público e crítica, apesar dos seus 14
milhões de dólares de bilheteria (mediante um orçamento de 10 milhões). Com um
roteiro pífio/patético escrito por Gary Sherman (que também dirigiu e foi
produtor executivo), nenhum dos atores da família Freeling original quiseram
voltar para a bomba. O resultado foi colocar Carol Anne morando com os tios,
Patricia (Nancy Allen), irmã de Diane, e Bruce (Tom Skerrit), junto da filha de
Bruce, Donna (debute de Lara Flynn Boyle no cinema) em um prédio multiplex cafona
em Chicago. Carol Anne é colocada em uma escola para crianças com dons
especiais, mas segundo seu psiquiatra, Dr. Seaton (Richard Fire) tudo pelo que
ela passou é resultado de hipnose coletiva (??!!!) e fazendo sessões de
regressão com a menina, acaba mais uma vez despertando o famigerado Reverendo
Kane (Nathan Davis), o vilão do segundo filme (que fora originalmente
interpretado por Julian Beck, falecido pouco depois das filmagens) que vem
puxar o pé de Carol Anne e encher seu saco novamente para que ela o leve para a
luz. Dali para frente o filme transforma-se em um ridículo jogo de gato e
rato com a garota e sua família tentando combater as forças do mal nos andares
e aposentos do prédio espelhado, circulando entra as dimensões dos vivos e dos
mortos, nos reservando cenas péssimas (a da perseguição no estacionamento
congelado é sem dúvida nenhuma a pior de todas), recebendo a sempre pontual
ajuda de Tangina (Zelda Rubinstein também volta aqui). Na verdade o diretor
Gary Sherman tinha decidido não lançar o filme após a trágica morte de Heather
O’Rourke, porém, como a MGM tinha gastado uma puta grana e não queria perder as
verdinhas, obrigou o diretor a manter a data de lançamento para junho de 1988,
pois se ele não o fizesse, outro o faria. Mas após o filme ganhar uma censura
PG pelo MPAA, o estúdio decidiu refazer o final para levar pelo menos um PG-13,
e então uma dublê teve de ser utilizada (inclusive naquela melequenta cena
final onde a família toda feliz se abraça e obviamente não é mostrado o rosto
da personagem). Talvez o único bom momento do filme, que não tem absolutamente
nada a ver com a história ou com a franquia em si, é quando o personagem de Tom
Skerrit fala que Carol Anne não é nenhuma Carrie – A
Estranha, piada interna com a atriz Nancy Allen, que fez o papel de
Chris Hargensen no filme de Brian de Palma, baseado no livro de Stephen King. E
só. A famosa história de fantasmas dirigida por Tobe Hooper e produzida por
Steven Spielber em 1982, Poltergeist –
O Fenômeno, não poderia terminar de forma mais triste e deprimente
do que Poltergeits III. Pelo falecimento precoce da pequena atriz, e por
essa sequência malfadada.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/11/14/566-poltergeist-iii-1988/
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