Direção: Dwight H.
Little
Roteiro: Alan B.
McElroy; Dhani Lipsius, Larry Rattner, Benjamin Ruffner, Alan B. McElroy
(história)
Produção: Paul Freeman; M.N. Sanousi (Produtor
Associado); Moustapha Akkad (Produtor Executivo)
Elenco: Donald
Pleasence, Ellie Cornell, Danielle Harris, George P. Wilbur, Michael Pataki,
Beau Starr, Kathleen Kinmont
Semana mais oportuna para a postagem de Halloween 4:
O Retorno de Michael Myersnão há. Afinal, amanhã é o famigerado 31
de outubro, Dia das Bruxas (não me venha com essa de Dia do Saci), aka A Noite
em que ele voltou para casa (DE NOVO)! Aliás, o próprio subtítulo do filme já
resume perfeitamente qual a verdadeira intenção da quarta parte da franquia
iniciada brilhantemente pro John Carpenter no seminal Halloween – A
Noite do Terror, de 1978. Sabemos que depois de uma ótima sequência, Halloween 2 –
O Pesadelo Continua, que se passa na mesma fatídica noite da
celebração norte-americana, Carpenter resolveu seguir um caminho completamente
diferente em seu filme seguinte, Halloween
III: A Noite das Bruxas. Com a ideia desse novo direcionamento em
enfocar outros enredos de terror inerentes a data, deixando de lado a figura de
Michael Myers, Halloween III quase sepultou a série, tornando-se um
verdadeiro fracasso de crítica e do público, ávido em ver o psicopata mascarado
em ação novamente. Perto de comemorar dez anos de lançamento do primeiro longa,
o produtor Moustapha Akkad não pestanejou em trazer o assassino de volta,
trazer também sua nêmese, o psiquiatra Sam Loomis (mais uma vez brilhantemente
interpretado por Donald Pleasence) e deu para Dwight H. Little a direção de uma
quase cópia em carbono do original. Originalmente, a Cannon Pictures dos
produtores Menahem Golan e Yoram Globus, contrataram a produtora Debra Hill e o
diretor John Carpenter para escrever um roteiro e adquirir os direitos da
franquia, assim como fizeram com O Massacre da
Serra Elétrica 2. Acontece que eles não gostaram nada do tratamento
entregue por Carpenter. A história seria mais um horror psicológico sobre os
efeitos dos eventos dos dois primeiros filmes nos cidadãos de Haddonfield. Em
detrimento dessa história, foi se cogitado um típico filmeslasher, então
Carpenter puto da vida desistiu do filme e os direitos acabaram sendo comprados
por Akkad. Bom, já sabemos que tanto Myers quanto Loomis sobreviveram ao
terrível incêndio no hospital de Haddonfield ao final da segunda parte, e
passados dez anos, o psicopata está para ser transferido de sanatório (sem a
anuência de Loomis), mas durante o trajeto, Myers que está terrivelmente
deformado e viveu como vegetal durante todo esse tempo recobra consciência ao
descobrir que tem uma sobrinha, arrebenta com os paramédicos e parte em direção
a sua cidade natal. Ah, esqueci-me de mencionar que essa é a noite de 30 de
outubro. Pois bem, a pequena Jamie (Danielle Harris) é filha de Laurie Strode,
que morrera em um acidente de carro (uma vez que Jamie Lee Curtis não retornou
ao papel – e repare no nome da menina, homenagem à eterna Scream Queen) e
vive com uma família adotiva, atormentada por estranhos pesadelos com Michael
Myers, que ela nunca vira mais gordo na verdade, a quem chama de bicho-papão. Ela
será o alvo da psicose do titio, que a perseguirá implacavelmente por toda
Haddonfield, enquanto Rachel Carruthers (Ellie Cornell), sua irmã adotiva,
tentará salvá-la, auxiliada por Loomis e o xerife Ben Meeker (Beau Starr), que
precisa impedir que a garota seja morta pelo lunático e também lidar com uma
população em fúria da cidade, que resolve fazer justiça com as próprias mãos e
caçar Myers, após o traumático massacre ocorrido há dez anos. Na verdade,
enquanto o primeiro Halloween prezava mais pelo suspense, construindo todo um
clima de terror psicológico preparando terreno para pouquíssimos assassinatos,
aqui a ordem do dia é imitar o próprio gênero que o filme de Carpenter ajudou a
construir, e levar para as telas uma matança exagerada sem sentido, com Myers
dando cabo de qualquer um que se meta em sua frente, totalizando em 19 a
contagem de cadáveres, com o maníaco abusando de sua extrema força física e
utilizando vários instrumentos, de facas até empalando uma garota na parede com
uma espingarda. Agora realmente a cereja do bolo é o final perturbador e
impactante, superando todo e qualquer término dos demais filmes da série.
ALERTA DE
SPOILER. Pule para o próximo parágrafo ou leia por sua conta e risco.
Após Myers ser literalmente fuzilado pela força
policial e soterrado dentro de um poço (o que sabemos, não impedirá sua volta
na quinta parte), Jamie, completamente afetada pelos acontecimentos e com
aquele famoso resquício de maldade dos Myers no sangue, emula o começo de tudo
em Halloween – A Noite do Terror e tal qual seu tio, vestida de
palhaça, coloca uma máscara e mata sua mãe adotiva, à tesouradas no banho. Halloween
4: O Retorno de Michael Myers (que foi o filme de estreia do Cine Trash,
indo ao ar na segunda-feira, dia 05 de fevereiro de 1996) até que é
decente e consegue se segurar bem em seus 88 minutos de duração. Além de uma
revisita a série, presta uma bela homenagem ao original, apesar dos erros grotescos
(inclusive de continuidade, com Michael usando uma máscara de cabelo preto e
outra de cabelo loiro em diferentes cenas) e absurdos típicos dos slasher
movies, como a imensa capacidade do vilão aparecer em todo lugar, andar
irritantemente devagar e sempre alcançar suas vítimas, ser à prova de balas e
conseguir subir em uma picape em alta velocidade e simplesmente acabar com três
homens fortes armados na carroceria.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/10/30/555-halloween-4-o-retorno-de-michael-myers-1988/
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