Direção: Giuliano Carnimeo
Roteiro: Dardano Sachetti
Produção:Fabrizio de Angelis
Elenco: David Warbeck, Janet Agren, Eva Grimaldi,
Luisa Menon, Werner Pochath, Nelson de la Rosa
O Rato
Humano é
o trash em seu estado
mais puro! PUTAQUEPARIU esse filme. Sabe aquelas fatídicas listas dos piores
filmes já feitos? Esse aqui entra com louvor. Até o citei na
compilação que fiz para o Judão das maiores tranqueiras para
se ver no Halloween passado. Mas também, você esperaria o quê de uma pérola
feita na Itália (aonde mais?), produzida pela altamente sensacional Fulvia
Films, do picareta máster Fabrizio De Angelis, dirigido por Giuliano Carnimeo
(sob pseudônimo de Anthony Ascot), do lendário Os Exterminadores do Ano 3000, e escrito por Dardano Sacchetti
(assinando como David Parker Jr.), aquele mesmo de praticamente todos os filmes
italianos do período, de Bava a Fulci. Mas a cereja do bolo, é o tal do Rato
Humano. Seria trágico se não fosse cômico o fato de meterem no filme um sujeito
com uma doença genética que tem 72 centímetros (que em 1990 figurou no Guinness
como o menor homem do mundo), pulando em cima das suas vítimas para se
alimentar de suas vísceras, entocado dentro de uma gaiola ou de uma mala, e até
saindo da privada. O ator dominicano Nelson de La Rosa acabou até se tornando
famoso em países latinos, com suas aparições em programas na televisão da
Venezuela e, vejam só, até contracenou com Marlon Brando naquela versão
deprimente de A Ilha do Dr. Moreau dos
anos 90. E o pior ainda é que se você meter o nome do rapaz no Google Imagens
descobrirá que ele é pouquíssima coisa diferente de seu personagem mutante! Personagem
esse criado por um cientista decadente que se muda para uma ilha tropical, o
Dr. Olman (Pepito Guerra), que acha que estará revolucionando o mundo da ciência
e mereceria um prêmio Nobel por fazer experiências de humanos com ratos,
criando esse ser híbrido. Acontece que a aberração escapa de sua gaiola por
conta de um capanga desastrado e começa a deixar um rastro de morte na tal vila
ao fundo do parque (título original) e num resort turístico em suas
proximidades. Terry (Janet Agren), filha de um senador americano é chamada para
a ilha para reconhecer o possível cadáver de sua irmã, a modelo Marilyn (Eva
Grimaldi, responsável pela melhor cena do filme, que é seu banho de chuveiro)
morta de forma violenta por um suposto “animal”. Mas na verdade não foi sua
irmã a vítima, e sim outra modelo com quem estava trabalhando. Ao lado do
escritor de livros policiais, Fred Williams (David Warbeck), com quem dividiu táxi
no aeroporto, começa a investigar por conta própria o paradeiro da irmã, em
detrimento da inépcia da polícia local, que se embrenhou na mata para uma
sessão de fotos exóticas. Uma a um, todos os personagens conseguem se tornar
alvos bem fáceis para o diminuto mutante, que irá desafiar todas as leis da
física e aparecer nas menores frestas e locais (como a privada já citada, e até
dentro de uma geladeira) para derramar sangue mais falso do que guache
vagabundo que sua mãe comprava para os trabalhos de educação artística da
escola. Fora isso, além das já costumeiras atuações sofríveis da italianada, a
fotografia é péssima, muitas das vezes tão escura que você mal consegue
enxergar o que está acontecendo, e a única versão que rola aí pela Internet é
das mais porcas e não ajuda em nada. Mas realmente o final é a cereja do bolo.
Eu juro que nunca vi uma película acabar de forma tão tosca.
ALERTA DE SPOILER. Pule para o próximo parágrafo ou leia por sua conta e
risco
(se você realmente se importar como essa bomba
acaba). No final das contas Marilyn acaba sendo trucidada pelo Rato Humano, o
doutor nefasto também, e nossos heróis então pensam que o monstrengo foi
derrotado. Mas o furtivo mutante enfia-se dentro da bolsa de Terry e é
despachado no aeroporto para a América junto com eles (???!!!). Quando o avião
levanta voo, a cena congela e começa-se a ouvir gritos de desespero, deduzindo
que o homem roedor atacou e matou simplesmente TODOS os passageiros da
aeronave. Dói até o pâncreas de tento rir! O filme sofreu vários cortes e só
foi lançado em DVD na sua versão uncut em
2008, no Reino Unido, pela Shameless Screen Entertainment. Nome mais oportuno
de distribuidora não há! Agora imagine uma trasheira sem tamanho como O Rato Humano ainda com cortes, sem o pouco gore que encontramos aqui e
acolá e sem a fatídica cena do vilão devoyeur vendo
a gostosona Eva Grimaldi tomando banho com direito a nu frontal e tudo? O
fato é que a grande diversão desta podreira é mais uma vez admirarmos um
exemplar vindo direto da lata do lixo cinematográfico italiano para os mais
ardorosos fãs da bagaceira.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/11/15/567-o-rato-humano-1988/
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