Direção: Chuck Russell
Roteiro: Chuck Russell,
Frank Darabont
Produção: Jack H.
Harris, Elliott Kastner; Andre Blay (Produtor Executivo)
Elenco: Kevin Dillon,
Shawnee Smith, Donovan Leitch Jr., Jeffrey DeMunn, Candy Clark, Joe Seneca
A Bolha Assassina é um dos filmes mais bacanas dos
anos 80! Saudosismo até a medula e um daqueles que fez parte de uma leva
de sci-fi dos anos 50 que foram atualizados e ganhou nova roupagem,
muito mais gráfica e abusando de sangue, efeitos especiais e nojeira. Em 1958,
Irwin S. Yeaworth dirigia um clássico da ficção científica, A Bolha, com Steve McQueen no papel
principal. Trinta anos depois, o diretor Chuck Russell, que estreara na direção
com A Hora do Pesadelo 3 – Os Guerreiros dos Sonhos, resolve atualizar a história da
gosma translúcida cor de rosa que vem do espaço em um meteoro, trazendo para
escrever o roteiro seu comparsa Frank Darabont (que também estivera envolvido
no filme de Freddy Krueger e mais tarde, adaptaria obras de Stephen King para
as telas e também desenvolveria o seriado The Walking Dead). Como falei lá no
primeiro parágrafo, A Bolha Assassina entra no mesmo rol de filmes fodásticos
dos 80’s que provam que refilmagens podem sim dar certo e serem superiores que
seus originais. Os outros dois exemplos são O Enigma de Outro Mundo, de John Carpenter, remake
de O Monstro do Ártico e A Mosca, de David Cronenberg, baseado em
A Mosca da Cabeça Branca com Vincent Price. Quanto à
trama, a pacata cidadezinha de Arborville está preste a receber o visitante
espacial carnívoro vindo de um meteorito. Um velho vagabundo é o primeiro a ter
contato com a substância plásmica, que começa a devorar sua mão ao tentar
manipulá-la com um graveto. Em disparada pela estrada, ele se choca com o carro
dos jovens adolescentes Meg Penny (Shawnee Smith) e Paul Taylor (Donovan Leitch
Jr.). Ambos, juntos do bad boy incorrigível, Brian Flagg (um jovem Kevin Dillon
de mullets), levam o sem-teto pra o hospital. A criatura a partir daí começa a
aumentar exponencialmente seu tamanho e expandir sua forma viscosa, devorando
vivos o mendigo e Paul, ganhando tentáculos (que não existem no original) para
dar ainda uma capacidade mais mortífera de agarrar as vítimas e puxá-las para
seu interior corrosivo, que derrete a carne dos pobres diabos, na medida certa
para os fãs do splatter. A única forma de derrota-la é o frio, assim como
no original. Um dos mais interessantes adendos dessa nova versão é que na
década de 80 vivíamos outros tempos, e a origem da estrutura maligna não é
espacial, e sim o resultado de um experimento bacteriológico enviado para o
espaço em uma cápsula (ou seja, não é um meteorito), criado pelo próprio
governo americano, como uma possível arma biológica, que sofreu uma mutação
fora de controle. Os cientistas e figurões do exército então estão pouco se
lixando com a população de Arborville, que é descartável. Flagg, o anti-herói
descobre tudo isso e corre para tentar salvar os vizinhos e a gatinha Meg.
Outro ponto interessantíssimo que é novidade em A Bolha Assassina é
quando o reverendo da cidade fica meio xarope com o poder da criatura e
torna-se uma espécie de “fanático pela bolha”. Chamuscado em um acidente, o
sujeito deformado passará a pregar a vinda do juízo final (em forma de geleca)
naquelas tendas evangélicas no meio do deserto, mantendo um pedaço da
substância, capturado ao ser cristalizado pelo frio, dentro de um pote. E
claro, não devemos esquecer a surreal sequência em que um funcionário de um
restaurante tenta desentupir um cano e é sugado para dentro do ralo e da
tubulação pela gelatina (absolutamente nenhuma lei da física conseguirá
explicar). Vale salientar que dos 19 milhões de dólares de orçamento, mais da
metade foram gastos em efeitos especiais, caprichadíssimos para a época,
criados pelo indicado ao Oscar® por A Pequena Loja dos Horrores, Lyle
Conway. A Bolha Assassina é um baita filme. Ficção, sangue, violência, ação e
meleca para nenhum fã botar defeito.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/10/21/548-a-bolha-assassina-1988/
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