sábado, 14 de maio de 2016

#583 1989 SEXTA-FEIRA 13 VIII JASON ATACA NOVA YORK (Friday The 13th Part VIII: Jason Takes Manhattan, EUA)


Direção: Rob Hedden
Roteiro: Rob Hedden
Produção: Randy Cheveldave; Barbara Sachs (Produtor Associado)
Elenco: Todd Caldecott, Tiffany Paulsen, Tim Mirkovich, Kane Hodder, Jensen Daggett, Barbara Bingham, Charles McCulloch

Sexta-Feira 13 Parte 8 – Jason Ataca Nova York ao bem da verdade deveria se chamar “Jason Ataca só Um Tiquinho Nova York”. E essa é a reclamação recorrente em 11 de cada 10 fãs da franquia, sobre essa medonha oitava parte (OI-TA-VA) das aventuras de Jason Voorhees. Até o próprio diretor e roteirista Rob Hedden sempre coloca o rabo entre as pernas e faz uma cara de pesar quando fala sobre o filme e assume certa mea culpa sobre a visita do assassino mascarado à Big Apple. No roteiro original mais cenas seriam rodadas na cidade, mas a Paramount então deu uma brecada nas elucubrações do roteirista, uma vez que com os cinco milhões de dólares que eles dispuseram para o orçamento, seria impossível passar mais tempo em Nova York filmando, e por isso o texto teve que se estender no navio levando os formandos de Crystal Lake para Porto Segu… quer dizer, Manhattan. Papo reto é que chega uma hora na vida que Sexta-Feira 13 já deu no saco. Caramba, estamos falando de OITO filmes em nove anos. Uma hora o público ia se desinteressar, as bilheterias começariam a minguar, as ideias recauchutadas em toda sequência não iriam atrair novas pessoas para os cinemas e a matança desenfreada resumindo a mais do mesmo iria perder a graça. Foi exatamente o que aconteceu. Começou com o execrável Sexta-Feira 13 Parte 7 – A Matança Continua, e segue ladeira abaixo, resultando na pior bilheteria da série até então (pouco mais de 14 milhões de dólares) e a venda da franquia para a New Line Cinema. Podemos dizer que realmente, a saga de Jason terminou aqui, virando resto de detrito tóxico nos subterrâneos de Nova York (ops, mas acho que nem é SPOILER, né?), mesmo com a nona parte (essa sim, a pior de todas de longe) e o polêmico Jason X, até chegar ao reboot da Platinum Dunes em 2009. Bom, continuando a inverossímil saga de ressurreições do psicopata, Jason dessa vez revive quando a âncora de um barco atracado em Crystal Lake arrasta um cabo de força submerso e lhe dá um choque daqueles, trazendo-o de volta à vida. Mais podre (e molhado) do que nunca, Jason escala o SS Lazarus com os formandos caipiras que vão visitar a cidade grande e mais uma vez, sem nenhum motivo aparente, começa a matar os adolescentes um a um. Nossa heroína da vez é Rennie Wickham (Jensen Daggett), que tem um trauma com água, que envolve ter sido jogada pelo seu tio no lago Crystal e tido um encontro com o Jason na infância e blá blá blá. Durante o percurso, o maníaco consegue colocar o navio à pique enquanto cinco sobreviventes vão remando até a Baía de Nova York e Jason os segue à nado em pleno oceano (ou talvez andando na profundidade, sabe-se lá diabos). Naquela típica NY dos anos 80, decadente, suja, cheia de criminosos, drogados, punks e estupradores ao melhor estilo Taxi Driver, nosso assassino não desiste de perseguir Rennie e seu namoradinho, Sean Robertson (Scott Reeves) – mesmo tendo milhões de outras vítimas ao seu bel prazer, ele encasquetou nos dois – até o embate final nos esgotos, onde somos agraciados pela lindeza que ele está depois de todos esses anos de putrefação. Duas coisas são legais de verdade nesse oitavo filme. Kane Hodder como Jason, mais uma vez mostrando porque é o melhor ator que já vestiu a máscara de hóquei. A maquiagem está novamente caprichada, com sua roupa esfarrapada molhada a todo tempo e toda sua postura corporal, seguindo a linha “Jason Voohrees definitivo” que construiu no longa anterior. Tirando o fato de ainda não entender como e porque ele respira, uma vez que é um cadáver ambulante, mas deixe para lá. Mas ah, já estava até esquecendo uma das mais emblemáticas mortes de toda a série. Do boxeador Julius (Vincent Craig Dupree) que resolve sair no braço com Jason em um telhado, e após tentar socá-lo diversas vezes sem resultado e ficar estafado pelo esforço, toma um deadly uppercut do nosso vilão e tem SUA CABEÇA ARRANCADA, caindo certinho dentro de uma lixeira. Johnny Cage, wins! FATALITY! Olha, ainda assim, acho Sexta-Feira 13 Parte VIII melhor do que a Parte VII. Aquele lance da mina com os poderes paranormais é de cair. Mas tudo poderia ter sido muuuuuito pior, uma vez que no primeiro esboço do roteiro, Tina Shephard voltaria com sua telecinese e seria novamente caçada por Jason. Graças a Jeová que a atriz Lar Park Lincoln pediu um salário muito alto, a Paramount a mandou catar coquinho e todo o projeto foi reescrito. Sexta-Feira 13 Parte VIII – Jason Ataca Nova York até me conquistou na infância. Era baita fã do filme, do Jason de Kane Hodder, e lembro que a primeira vez que assisti a fita em VHS, foi quando tinha recém chegado na locadora do bairro, era um sábado, eu estava com uma  baita gripe, meu amigo havia alugado e sua mãe levado em casa para emprestar para eu assistir (porque sabia o quanto eu ADORAVA Sexta-Feira 13). Claro que depois de velho não há crivo no mundo pelo qual essa porcaria passe. Final deprimente da empreitada do maníaco do Acampamento Sangrento pela Paramount. Mas a New Line depois conseguiu a proeza de piorar ainda mais a série.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/12/13/583-sexta-feira-13-parte-8-jason-ataca-nova-york-1989/

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