Direção: Steve Miner
Roteiro: David Twohy
Produção: Steve Miner; Michael Fottreli
(Produtor Associado); Arnold Kopelson (Produtor Executivo)
Elenco: Julian
Sands, Lori Singer, Richard E. Grant, Mary Woronov, Kevin O’Brien, Richard Kuss
Warlock – O Demônio não é um filme
bom, mas também não é um filme ruim. É regular, sabe? Meio ambíguo. Tem uma
história até que bacana, mas com seu desenrolar cheio de situações bestas, tem
efeitos especiais ruins pra danar, mas que para a época estava ótimo para uma
produção B, as atuações são caricatas e qualquer nota, mas ainda assim marcou o
ator Julian Sands…Por algum motivo desconhecido, acabou se tornando um desses
“semi-clássicos” do gênero. Warlock é Julian Sands. É aquele tipo de papel
que estigmatiza o ator para o resto da vida. Pelo menos para quem é fã do
gênero. Muuuuito mais que o Dr. Nick Cavanaugh de Encaixotando Helena.
Além de Sands, outro ponto que destaca o filme é que sua direção e
produção é de Steve Miner, nome consagrado no gênero, diretor de Sexta-Feira 13: Parte 2 e Sexta-Feira 13 – Parte 3 e A Casa do Espanto. Sujeito que sabe do riscado. Warlock é um
bruxo satanista que é condenado pela inquisição em Massachusetts no ano de
1691, a ser enforcado e depois queimado sobre um cesto com gatos vivos! MAS QUE
DIABOS OS POBRES GATINHOS TEM A VER COM ISSO, MALDITOS? Mas antes da execução,
Satã em pessoa salva o bruxo e o manda para o Século XX, onde deverá coletar
para o Tinhoso as páginas perdidas do Grand Grimoire, em troca de se tornar seu
filho. Esse grimório é uma espécie de bíblia negra que contem o verdadeiro nome
de Deus, e caso esse nome seja pronunciado ao contrário, desfará toda a criação.
Meio que tipo o Sr. Mxyptlk, inimigo do Superman, saca? O caçador de bruxas (e
bruxos) Giles Redferne (Richard E. Grant) quem capturara Warlock no século XVII
também avança no tempo e deve perseguir sua nêmese mais uma vez, tentando além
de salvar toda a humanidade, se vingar de sua esposa morta pelo vilão. Contará
com a ajuda da ruiva Kassandra (Lor Singer), uma infeliz que se meteu no
caminho do Warlock, passou por um intensivão sobre bruxaria (como o fato deles
odiarem sal, por exemplo) e de quebra ainda recebeu um feitiço do mesmo para
envelhecer 20 anos por dia! O que se segue é uma verdadeira caçada de gato e
rato, com Redfern usando uma bússola que “rastreia bruxos” por meio de seu
sangue, até descobrirem onde está escondida a terceira parte do Grad Grimoire,
enterrada em um cemitério em Boston. A verdade é que o momento mais
interessante do longa (o resto é bem do burocrático e enfadonho) é quando
Warlock consulta uma vidente charlatã e o Capiroto, usando a alcunha de Zamiel,
possui a cartomante e barganha com o bruxo seus favores, que por fim arranca os
glóbulos oculares da moça, que o guiará em busca das páginas do livro proibido.
Warlock – O Demônio foi terminado no final de 1988 com ideia do lançamento
no ano seguinte e foi um dos últimos filmes completados pela New World
Pictures, a ex-produtora de Roger Corman, antes de decretar falência. Ao invés
de sair direto em vídeo, os direitos foram comprados pela Trimark Pictures e
lançado nos cinemas em 1991. Resultado: uma bilheteria bem sucedida, faturando
mais de nove milhões de dólares nos EUA com um lançamento limitado, o que deu
sinal verde para sua continuação em 1993. Originalmente o filme seria muito
mais violento também. A versão de exibição teste, algo comum na indústria
cinematográfica, indicava que Warlock era uma espécie de Messias satânico,
ideia abortada após reações extremamente negativas do público. Além disso, a
emblemática cena da morte da vidente era mais, digamos, criativa, com Warlock
cortando sua blusa e encontrando os olhos do cramunhão no lugar dos seus
mamilos (???!!!), com o bruxo arrancando os globos oculares após congelá-la com
seus poderes. Com a reação da plateia foi um misto de risada dos seios
protéticos e desaprovação pela violência gráfica, a cena foi alterada para a
que vemos nas telas. Posso dizer que Warlock – O Demônio até é um
filme cult, que seria facilmente esquecível, mas que por alguma conjuração
divina ou satânica, fez sucesso e se tornou até um dos mais famosos filmes
daquela década, “catapultando” a carreira de Julian Sands. Vale pelo registro!
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/12/20/588-warlock-o-demonio-1989/
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