quarta-feira, 18 de maio de 2016

#588 1989 WARLOCK O DEMÔNIO (Warlock, EUA)


Direção: Steve Miner
Roteiro: David Twohy
Produção: Steve Miner; Michael Fottreli (Produtor Associado); Arnold Kopelson (Produtor Executivo)
Elenco: Julian Sands, Lori Singer, Richard E. Grant, Mary Woronov, Kevin O’Brien, Richard Kuss

Warlock – O Demônio não é um filme bom, mas também não é um filme ruim. É regular, sabe? Meio ambíguo. Tem uma história até que bacana, mas com seu desenrolar cheio de situações bestas, tem efeitos especiais ruins pra danar, mas que para a época estava ótimo para uma produção B, as atuações são caricatas e qualquer nota, mas ainda assim marcou o ator Julian Sands…Por algum motivo desconhecido, acabou se tornando um desses “semi-clássicos” do gênero. Warlock é Julian Sands. É aquele tipo de papel que estigmatiza o ator para o resto da vida. Pelo menos para quem é fã do gênero. Muuuuito mais que o Dr. Nick Cavanaugh de Encaixotando Helena.  Além de Sands, outro ponto que destaca o filme é que sua direção e produção é de Steve Miner, nome consagrado no gênero, diretor de Sexta-Feira 13: Parte 2 e Sexta-Feira 13 – Parte 3 e A Casa do Espanto. Sujeito que sabe do riscado. Warlock é um bruxo satanista que é condenado pela inquisição em Massachusetts no ano de 1691, a ser enforcado e depois queimado sobre um cesto com gatos vivos! MAS QUE DIABOS OS POBRES GATINHOS TEM A VER COM ISSO, MALDITOS? Mas antes da execução, Satã em pessoa salva o bruxo e o manda para o Século XX, onde deverá coletar para o Tinhoso as páginas perdidas do Grand Grimoire, em troca de se tornar seu filho. Esse grimório é uma espécie de bíblia negra que contem o verdadeiro nome de Deus, e caso esse nome seja pronunciado ao contrário, desfará toda a criação. Meio que tipo o Sr. Mxyptlk, inimigo do Superman, saca? O caçador de bruxas (e bruxos) Giles Redferne (Richard E. Grant) quem capturara Warlock no século XVII também avança no tempo e deve perseguir sua nêmese mais uma vez, tentando além de salvar toda a humanidade, se vingar de sua esposa morta pelo vilão. Contará com a ajuda da ruiva Kassandra (Lor Singer), uma infeliz que se meteu no caminho do Warlock, passou por um intensivão sobre bruxaria (como o fato deles odiarem sal, por exemplo) e de quebra ainda recebeu um feitiço do mesmo para envelhecer 20 anos por dia! O que se segue é uma verdadeira caçada de gato e rato, com Redfern usando uma bússola que “rastreia bruxos” por meio de seu sangue, até descobrirem onde está escondida a terceira parte do Grad Grimoire, enterrada em um cemitério em Boston. A verdade é que o momento mais interessante do longa (o resto é bem do burocrático e enfadonho) é quando Warlock consulta uma vidente charlatã e o Capiroto, usando a alcunha de Zamiel, possui a cartomante e barganha com o bruxo seus favores, que por fim arranca os glóbulos oculares da moça, que o guiará em busca das páginas do livro proibido. Warlock – O Demônio foi terminado no final de 1988 com ideia do lançamento no ano seguinte e foi um dos últimos filmes completados pela New World Pictures, a ex-produtora de Roger Corman, antes de decretar falência. Ao invés de sair direto em vídeo, os direitos foram comprados pela Trimark Pictures e lançado nos cinemas em 1991. Resultado: uma bilheteria bem sucedida, faturando mais de nove milhões de dólares nos EUA com um lançamento limitado, o que deu sinal verde para sua continuação em 1993. Originalmente o filme seria muito mais violento também. A versão de exibição teste, algo comum na indústria cinematográfica, indicava que Warlock era uma espécie de Messias satânico, ideia abortada após reações extremamente negativas do público. Além disso, a emblemática cena da morte da vidente era mais, digamos, criativa, com Warlock cortando sua blusa e encontrando os olhos do cramunhão no lugar dos seus mamilos (???!!!), com o bruxo arrancando os globos oculares após congelá-la com seus poderes. Com a reação da plateia foi um misto de risada dos seios protéticos e desaprovação pela violência gráfica, a cena foi alterada para a que vemos nas telas. Posso dizer que Warlock – O Demônio até é um filme cult, que seria facilmente esquecível, mas que por alguma conjuração divina ou satânica, fez sucesso e se tornou até um dos mais famosos filmes daquela década, “catapultando” a carreira de Julian Sands. Vale pelo registro!
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/12/20/588-warlock-o-demonio-1989/

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