sábado, 10 de outubro de 2015

#267 1972 DRÁCULA NO MUNDO DA MINISSAIA (Dracula A.D. 1972, Reino Unido)


Direção: Alan Gibson
Roteiro: Don Houghton
Produção: Josephine Douglas, Michael Carreras (Produtor Executivo)
Elenco: Christopher Lee, Peter Cushing, Stephanie Beacham, Christopher Neame, Michael Coles, Marsha A. Hunt

Primeiro eu gostaria de dar meus parabéns para o sujeito que colocou o título do filme Dracula A.D. 1972 aqui no Brasil no genial Drácula no Mundo da Minissaia. Sério, gente… Não é um dos melhores títulos de filmes de terror de todos os tempos? Drácula… No… Mundo… Da… Minissaia? Milhares de coisas relacionados ao filme passam-se pela cabeça ao ouvir esse nome. Primeiro, obviamente, que se trata de uma sátira pornô. Mas não é nada disso. Drácula no Mundo da Minissaia é somente a reencarnação de Christopher Lee como o maldito Conde na Londres do ano de 1972, trazendo o sanguessuga para o século XX, em meio a adolescente hippies drogados, bandas de rock progressivo, calças bocas de sino (e minissaias) e muito funk e soul na trilha sonora. Sério, o filme é um dos mais divertidos e um dos meus preferidos da franquia do estúdio inglês. Pois é muito engraçado ver o choque de realidades, quando se está acostumado a ver Lee com sua capa, presas e olhos vermelhos, sob a sombra de seu opressivo castelo nos Montes Cárpatos, sugando o sangue de aldeões assustados em seus vilarejos, andando de carruagem e fugindo de revoltosos com tochas e forcados. Sendo que a Europa Medieval era o ambiente único e exclusivo do Príncipe das Trevas (sem contar o Drácula original da Universal, aquele com Bela Lugosi, que se passa na Londres vitoriana, no Século XIX). E basicamente tirando Blacula – O Vampiro Negro, lançado mais cedo no mesmo ano, onde um vampiro aterroriza as ruas de Los Angeles nos anos 70, Drácula no Mundo da Minissaia é um dos pouquíssimos filmes até então que tenta trazer a mitologia vampiresca para o mundo contemporâneo, algo que se provaria um baita sucesso cinematográfico, literário e televisivo futuramente (A Saga Crepúsculo não conta, porque aquilo não é filme e nem livro, é lixo em forma de papel e película, pronto falei!). Enfim, na trama, já no ano de 1872, o Conde enfrenta, em pleno Hyde Park em Londres, Lawrence Van Helsing, interpretado pelo sempre intrépido Peter Cushing, um descendente da nêmese do morto-vivo, Abraham Van Helsing. O vampiro se dá mal e é derrotado pelo professor, com uma roda de carruagem quebrada, que se transforma em uma estaca e perfura seu coração. Mas um dos seguidores capachos de Drácula recolhe suas cinzas e enterra em solo não sagrado. Depois de 100 anos, em 1972, um tal de Johnny Alucard (anagrama ao nome de Drácula), interpretado por Christopher Neame, que é um desses acólitos do Conde, junta uns amigos hippies que adoram se embebedar em um pub em Chelsea, entrar de penetra nas festas, fumar baseado e usar ácido, para praticar uma missa negra, um ritual macabro com o intuito de trazer seu mestre de volta à vida. Neste grupo, está presente Jessica Van Helsing (Stephanie Beacham), neta de Lorrimer Van Helsing (novamente Cushing) e consequentemente, bisneta de Lawrence, o homem que havia destruído Drácula no século anterior. Com o sangue de uma das participantes do ritual, que começa como brincadeira e ganha contornos dramáticos e assustadores (em uma cena apavorante, tremendamente bem executada), Johnny traz Drácula de volta à vida. Claro que seu mestre, primeiro dá uma coça no discípulo insolente em busca de poder e vida eterna, e depois, prepara sua vingança contra Van Helsing, desejando sugar o sangue de sua neta e torná-la uma concubina do inferno. Só que as mortes estranhas chamam a atenção do Inspetor Murray (Michael Coles) da Scotland Yard, que acredita no envolvimento de uma seita satânica e vai se consultar com Van Helsing, proeminente estudioso do oculto, que logo saca, devido a excentricidade das mortes (sangue drenado, duas marca no pescoço, mutilações) que eles podem estar lidando com um vampiro, e mais especificamente, com o grande inimigo de sua família: Drácula. Um combate entre as forças das trevas e do bem é iminente quando Johnny, devidamente transformado em vampiro, também hipnotiza e morde o namorado de Jessica e ambos raptam a garota. Cabe a Van Helsing, trilhar o mesmo caminho dos seus ancestrais e confrontar sozinho o Conde Drácula (que já comandou nações, fala dita por Lee parafraseada do livro original de Bram Stoker). Pena que o Drácula deva estar meio enferrujado por um século de sono, porque ele está um pouco bunda mole e acaba facilmente subjugado por um velhinho! Claro que por se tratar de uma trama passada nos amalucados anos 70, Drácula no Mundo da Minissaia tem algumas das cenas mais patéticas, ridículas e cafonas da franquia, como, por exemplo, a apresentação da banda Stoneground cantando a música Alligator Man, onde Johnny e sua cambada de badernistas estão dançando em uma festa que invadiram da alta sociedade londrina, e mesmo toda a trilha sonora cheia de grooves, comporta por Michael Vickers, que destoa completamente do clima Drácula + filme de terror. Mas vale cada minuto de metragem do longa! Uma curiosidade para quem gosta de futebol assim como eu, em uma das cenas, Cushing passa pela frente de um muro que está pichado Chelsea, com um risco por cima, e escrito West Ham embaixo, dois times rivais futebolísticos da capital inglesa.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/09/20/267-dracula-no-mundo-da-minissaia-1972/

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