quinta-feira, 15 de outubro de 2015

#277 1973 A CASA DA NOITE ETERNA (The Legend of Hell House, Reino Unido)


Direção: John Hough
Roteiro: Richard Matheson
Produção: Albert Fennell, Norman T. Herman, James H. Nicholson (Produtor Executivo), Susan Hart (Produtora Executiva/não creditada)
Elenco: Roddy Mcdowall, Gayle Hunnicutt, Pamela Franklin, Clive Revill

Filmes sobre casas mal-assombradas são quase sempre o máximo! E A Casa da Noite Eterna é um dos melhores e mais assustadores exemplares desse gênero. Uma verdadeira aula de como se fazer um filme de terror, desde a história fantasmagórica que te prende do começo ao fim, até a utilização de efeitos sonoros, fotografia, design de produção e direção a seu favor. Escrito pelo fantástico roteirista e escritor Richard Matheson (Mortos que MatamAs Bodas de SatãO Incrível Homem que Encolheu,Encurralado, e por aí vai), baseado em seu próprio livro, muito do que se vê nesse filme é inspiração direta do livro A Assombração da Casa da Colina, de Shirley Jackson e sua adaptação para o cinema, o seminal Desafio do Além. Na verdade Matheson era confesso admirador do livro de Jackson e do filme. Por isso, resolveu escrever a sua própria história sobre um casarão mal-assombrado. Aqui, um excêntrico bilionário inglês oferece ao físico Chris Barret (Clive Revill) 100 mil libras para investigar os efeitos paranormais por trás da mansão do falecido Emeric Belasco, um sujeito vil e repugnante que praticava todo tipo de perversão dentro daquela casa. Em um dos diálogos do filme, explica-se as diversas atrocidades que aconteceram na tal “Casa do Inferno”, como o local é conhecido: vício de drogas, alcoolismo, sadismo, bestialidade, mutilação, assassinato, vampirismo, necrofilia e canibalismo, para não mencionar uma porção de perversões sexuais. Tá bom para você, ou quer mais? Junto com Barret, sua esposa Ann (Gayle Hunnicut), a médium mental Florence Tanner (Pamela Franklin) e o médium físico Ben Fischer (Roddy McDowell), único sobrevivente da casa, tem de passar uma semana confinados no local, no intuito de entregar um parecer ao velho que comprou a casa e conseguir ficarem com a grana, afinal ali é o único local na face da terra que a presença da vida após a morte pode ser provada. Lá vai então o grupo de mala e cuia para a “Casa do Inferno”, e não demora muito para que coisas bizarras e assustadoras comecem a tomar forma, manifestando-se através de Tanner, vítima de possessão, assim como Ann, e poltergeists que tentam matar os ali presentes através de objetos que se movem, candelabros que caem, lareiras que se incendeiam sozinhas, e por aí vai. Tudo para colocar mais mortes na conta do terrível Belasco. Percebe-se um grande esmero de todos os envolvidos em A Casa da Noite Eterna para fazer um excelente filme de terror. E todos conseguiram atingir seus objetivos muito bem. Primeiro porque é realmente assustador e tem cenas desaconselháveis àqueles que tem medo desse tipo de filmes de espíritos e casas mal-assombradas. Desafio-os a assistir sozinhos à noite. Algumas manifestações físicas, possessões, mudanças de tons de voz, e a famosa cena onde Tanner é estuprada por um fantasma, são impactantes. A direção do inglês John Hough é impecável. Ele utiliza-se de diversos ângulos, enquadramentos, grandes angulares e closes para deixar o filme ainda mais prazeroso de assistir, refutando qualquer tipo de direção preguiçosa. O que ajuda também é a cenografia da casa muito bem construída, que ganha vida auxiliada pela excelente fotografia de Alan Hume, tanto dos espaços interiores, utilizando muito bem o uso das cores nos aposentos, principalmente o vermelho e o roxo, quanto nos takes externos da casa cercada por uma névoa que nunca se dissipa. Soma-se a isso a ótima trilha sonora fúnebre, com elementos eletrônicos com ruídos e sussurros. Para completar, temos também as grandes atuações de Roddy McDowall (o memorável Peter Vincent de A Hora do Espanto) e Gayle Hunnicutt, principalmente quando ela é possuída pela força sexual perversa da casa e fica sedenta por luxúria (isso sim é parapsicologia!). Ou seja, trocando em miúdos, A Casa da Noite Eterna é um dos grandes clássicos do terror dos anos 70, deleite para os fãs de filmes sobre casas mal-assombradas, que querem levar uns bons sustos e ficarem envolvidos com uma ótima história.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/10/04/277-a-casa-da-noite-eterna-1973/

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