Direção: Brian Clemens
Roteiro: Brian Clamens
Produção: Brian
Clemens, Albert Fennell
Elenco: Horst
Janson, John Carson, Shane Briant, Caroline Munro, John Carter, Lois Dane
Uma certeza que temos ao
assistir Capitão Kronos – O Caçador de
Vampiros, é que se
podemos apontar para um ponto específico que a Hammer realmente foi para o
buraco de vez, foi quando essa fita foi lançada. E não é só porque o filme é
bem ruinzinho. É por conta de todas as consequências causadas. Fato é que o
longa foi desenvolvido inicialmente para ser uma série de filmes e tornar-se
uma nova franquia da Casa do Horror. Capitão Kronos teve um resultado pífio nas
bilheterias que cancelou todos esses planos e o pobre retorno financeiro também
figurou como o maior recorde negativo de bilheteria da Hammer. Deveria dar um
novo gás para o estúdio britânico, o que não aconteceu, e as dificuldades
financeiras decorrentes acabaram por fechar suas portas. Mais
tarde Capitão Kronos – O Caçador de Vampiros se tornaria um daqueles
filmes cultuados, marginalizado na época de seu lançamento em 1974, sendo que
havia sido filmado em 1972 e lançado nos cinemas somente dois anos depois. Um
mix de ação com terror, como o título bem diz, Kronos é um espadachim caçador
de vampiros fora do usual, uma espécie de Blade da Inglaterra do Século XVII,
que foge do estereótipo impresso por Peter Cushing e seu Abraham Van Helsing. Na
trama, um vilarejo do interior inglês está sofrendo com a misteriosa morte de
garotas que tem sua força vital sugada, apresentando sinais de um
envelhecimento acelerado. O Dr. Marcus (John Carson) pede ajuda para Kronos
(Horst Janson) e seu ajudante, o corcunda Grost (John Carter) para tentar
solucionar o mistério e caçar o vampiro que está não sugando o sangue, mas a
juventude das damas, afinal como ele mesmo explica: “há várias espécies de
vampiros”, desmistificando certos dogmas relacionados às criaturas, como apenas
se alimentar de sangue e não poder sair à luz do Sol. Kronos e Grost, na
companhia da bela e espevitada morena Carla (Caroline Munro), começam uma
investigação, ao melhor estilo Monster Quest do History Channel, para detectar
a presença dos vampiros e eliminá-los. Enquanto isso, uma história paralela se
desenvolve por meio da família Durward, aristocratas ingleses, onde dois
ambiciosos irmãos, Paul (Shane Briant) e Sara (Lois Dane), vivem em um casarão
afastado com sua convalescente e velha mãe (Wanda Wentham, papel oferecido para
Ingird Pitt e recusado), viúva do Lodre Durnwald, o melhor espadachim que o
mundo já viu, segundo seu epitáfio. Resumo da ópera é que obviamente a família
Durnwald estará envolvida até o pescoço com essa história de vampirismo e
chupação de energia vital, e durante um confronto no casarão, em uma simplista
e patética reviravolta final, o espectador conhecerá na verdade quem é o
terrível vampiro e as suas pretensões malignas. Chato, chato, chato… O clima de
aventura de capa e espada e o estilo Errol Flynn não funcionam, incluindo um
desnecessário embate final de esgrima que chega a dar sono, e em contrapartida
o clima de horror gótico também não, pois já estamos com o saco na lua de ver
essa mesma fórmula de filme da Hammer, além do orçamento não ajudar nem um
pouco na ambientação, cenários, figurinos, etc. O desenvolvimento da narrativa
também é fraquinho, e uma ou outra cena interessante de sangue é vista, como
durante uma briga na taverna que Kronos decepa um malfeitor. Saudades da Hammer
do final dos anos 50 e anos 60! Ao invés daqueles filmes mágicos e
deslumbrantes, em sua decadência, nos resta assistir a Capitão Kronos – O
Caçador de Vampiros. É o que tem para hoje. Mas pela importância do estúdio,
deve ser visto.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2013/11/01/297-capitao-kronos-o-cacador-de-vampiros-1974/
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