sábado, 31 de outubro de 2015

#297 1974 CAPITÃO KRONOS O CAÇADOR DE VAMPIROS (Captain Kronos – Vampire Hunter, Reino Unido)


Direção: Brian Clemens
Roteiro: Brian Clamens
Produção: Brian Clemens, Albert Fennell
Elenco: Horst Janson, John Carson, Shane Briant, Caroline Munro, John Carter, Lois Dane

Uma certeza que temos ao assistir Capitão Kronos – O Caçador de Vampiros, é que se podemos apontar para um ponto específico que a Hammer realmente foi para o buraco de vez, foi quando essa fita foi lançada. E não é só porque o filme é bem ruinzinho. É por conta de todas as consequências causadas. Fato é que o longa foi desenvolvido inicialmente para ser uma série de filmes e tornar-se uma nova franquia da Casa do Horror. Capitão Kronos teve um resultado pífio nas bilheterias que cancelou todos esses planos e o pobre retorno financeiro também figurou como o maior recorde negativo de bilheteria da Hammer. Deveria dar um novo gás para o estúdio britânico, o que não aconteceu, e as dificuldades financeiras decorrentes acabaram por fechar suas portas. Mais tarde Capitão Kronos – O Caçador de Vampiros se tornaria um daqueles filmes cultuados, marginalizado na época de seu lançamento em 1974, sendo que havia sido filmado em 1972 e lançado nos cinemas somente dois anos depois. Um mix de ação com terror, como o título bem diz, Kronos é um espadachim caçador de vampiros fora do usual, uma espécie de Blade da Inglaterra do Século XVII, que foge do estereótipo impresso por Peter Cushing e seu Abraham Van Helsing. Na trama, um vilarejo do interior inglês está sofrendo com a misteriosa morte de garotas que tem sua força vital sugada, apresentando sinais de um envelhecimento acelerado. O Dr. Marcus (John Carson) pede ajuda para Kronos (Horst Janson) e seu ajudante, o corcunda Grost (John Carter) para tentar solucionar o mistério e caçar o vampiro que está não sugando o sangue, mas a juventude das damas, afinal como ele mesmo explica: “há várias espécies de vampiros”, desmistificando certos dogmas relacionados às criaturas, como apenas se alimentar de sangue e não poder sair à luz do Sol. Kronos e Grost, na companhia da bela e espevitada morena Carla (Caroline Munro), começam uma investigação, ao melhor estilo Monster Quest do History Channel, para detectar a presença dos vampiros e eliminá-los. Enquanto isso, uma história paralela se desenvolve por meio da família Durward, aristocratas ingleses, onde dois ambiciosos irmãos, Paul (Shane Briant) e Sara (Lois Dane), vivem em um casarão afastado com sua convalescente e velha mãe (Wanda Wentham, papel oferecido para Ingird Pitt e recusado), viúva do Lodre Durnwald, o melhor espadachim que o mundo já viu, segundo seu epitáfio. Resumo da ópera é que obviamente a família Durnwald estará envolvida até o pescoço com essa história de vampirismo e chupação de energia vital, e durante um confronto no casarão, em uma simplista e patética reviravolta final, o espectador conhecerá na verdade quem é o terrível vampiro e as suas pretensões malignas. Chato, chato, chato… O clima de aventura de capa e espada e o estilo Errol Flynn não funcionam, incluindo um desnecessário embate final de esgrima que chega a dar sono, e em contrapartida o clima de horror gótico também não, pois já estamos com o saco na lua de ver essa mesma fórmula de filme da Hammer, além do orçamento não ajudar nem um pouco na ambientação, cenários, figurinos, etc. O desenvolvimento da narrativa também é fraquinho, e uma ou outra cena interessante de sangue é vista, como durante uma briga na taverna que Kronos decepa um malfeitor. Saudades da Hammer do final dos anos 50 e anos 60! Ao invés daqueles filmes mágicos e deslumbrantes, em sua decadência, nos resta assistir a Capitão Kronos – O Caçador de Vampiros. É o que tem para hoje. Mas pela importância do estúdio, deve ser visto.
FONTE: http://101horrormovies.com/2013/11/01/297-capitao-kronos-o-cacador-de-vampiros-1974/

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