Direção: Sean S.
Cunningham
Roteiro: Victor
Miller, Sean S. Cunninggham e Victor Miller (história)
Produção: Sean
S. Cunningham, Steve Miner (Produtor Associado), Alvin Geiler (Produtor
Executivo)
Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor, Robbi Morgan,
Kevin Bacon
Bem-vindos ao
Acampamento Crystal Lake! Sean S. Cunningham e seu Sexta-Feira 13 foram
responsáveis por inserir na geografia do terror o amaldiçoado local, conhecido
como “Acampamento Sangrento”, e colocar na cultura pop o vilão mais conhecido
do gênero no cinema: Jason Voohrees. Sexta-Feira 13 pega o que Halloween – A Noite do Terror de Carpenter
começou e dá vida ao subgênero slasher com elementos muito bem
definidos que seriam copiados à exaustão tanto nas suas próprias sequências,
como nas centenas de filmes que seguiriam sua fórmula: um assassino serial killer,
geralmente motivado por vingança, perseguindo suas vítimas em acampamentos,
fraternidades universitárias e afins, que são adolescentes em busca de sexo,
bebidas e drogas, com a profundidade psicológica de um pires, que só estão ali
para cumprir tabela e serem mortos no decorrer do filme. Acrescente nessa
mistura muito sangue, peitos de fora e uma morte mais engenhosa e gráfica que a
outra e voilá, você tem um estouro de bilheteria por traduzir
exatamente o que os jovens nos anos 80 (e 90 e 00 e 10…) querem ver. Prova
disso é que com um orçamento de aproximadamente 600 mil dólares, Sexta-Feira
13 faturou mais de 70 milhões na bilheteria mundial e deu origem a nada
menos que 10 continuações, um crossover com Freddy Krueger e um reboot no
século XXI. Mas vamos por partes, como diria Jack, O Estripador, ou mesmo o
próprio Jason. Acho que nessa altura do campeonato da vida, todo mundo deve
saber que o assassino do primeiro filme não é o indestrutível ser que usa uma
máscara de hóquei. Nem é um assassino na verdade. É uma assassina: Pamela
Voorhees, a mãe de Jason, que quer vingança de todo e qualquer monitor do
Acampamento Crystal Lake, não importa a idade, sexo ou ano corrente, por terem
deixado seu filho deformado e retardado se afogar no lago no verão de 1958,
enquanto faziam sexo ao invés de cuidarem do garoto. Pois bem, trinta anos
passados, Steve Christy, proprietário do acampamento resolve reabri-lo e
contrata um grupo de monitores para ajudar na reforma, e isso mesmo avisados
por aquele velhinho bêbado profeta do Apocalipse que nunca dão ouvido nesses
tipo de filme, mas que sempre está com a razão. E ali estão todos os
estereótipos possíveis de adolescentes: o casal apaixonado que só quer transar
(o rapaz é Kevin Bacon novinho, antes de Footloose), o idiota engraçado que
vive pregando peças, o cara solícito, a mocinha com fogo na periquita, a
comportada que torna-se a heroína… Um a um vão sendo eliminados pela Sra.
Voohrees. Tom Savini assina a maquiagem do filme. Após Despertar dos Mortos já começamos a
perceber nitidamente a evolução de seu trabalho e como as mortes vão ficando
mais realistas. As machadadas, facadas, flechadas e tudo mais são extremamente
bem-feitas e o restante do seu trabalho nas sequências (mais especificamente
até a quarta parte), o credenciaram como um dos mais importantes maquiadores do
cinema de terror de todos os tempos. Além disso, a trilha sonora também foi
imortalizada, com a famosa musiquinha que se houve quando os Voorhees estão à
espreita (kill, kill, kill, die, die, die) ou na quase cópia da música de Psicose que surge
quando eles estão praticando o ataque. Detalhe que coloquei no plural pois a
trilha sonora acompanha a franquia e a troca de posto entre mãe e filho
assassino. Somente em Sexta-Feira 13 – Parte 2, lançado no ano seguinte,
que Jason aparece com o sangue nos olhos, substituindo sua mãe morta no final
do primeiro filme. Nessa continuação ele usa um pano para cobrir seu rosto
deformado e durante uma história de terror contada ao redor da fogueira, por um
novo grupo de monitores que chegaram ao acampamento (essa galera não aprende
mesmo!), conhecemos a lenda de que ele sobreviveu ao afogamento e vive
perambulando na mata, caçando e aperfeiçoando suas habilidades durante anos,
para tornar-se o assassino implacável que veríamos depois. Na terceira parte
(lançado em 3D) ele encontra a máscara de hóquei que se tornaria sua marca
registrada. A quarta parte deveria ser a última, pois foi lançada como Sexta-Feira
13 – O Capítulo Final. É o meu preferido de toda a série. Introduz o personagem
Tommy Jarvis, interpretado pelo fedelho Corey Feldman, que em uma cena final
clássica, rapa a cabeça para se parecer com o vilão e mutila Jason em
pedacinhos. Daí para frente vira Brasil. Na parte cinco é um outro assassino
que assume a máscara em um manicômio e a partir da sexta parte que ele se torna
um semideus, voltando dos mortos através de um raio, com o corpo inteiraço
(mesmo tendo sido picotado na parte quatro) e ressuscitando seguidas vezes,
cada vez mais feio, até ser transformado em um ciborgue no futuro (isso mesmo:
ciborgue no futuro) em Jason X. Pô, mas querem saber a real? Eu adoro o
Jason! É meu personagem preferido dos filmes de terror. Lembro que quando eu
tinha oito anos de idade, eu tinha um álbum de figurinhas do Jason! E na
escola, quando brincávamos de pega-pega (a molecada ainda brinca disso hoje em
dia?), fazíamos uma versão estilizada da brincadeira onde eu era o Jason, e
estávamos todos em Crystal Lake e eu perseguia os amiguinhos no pátio. Dá para
perceber que eu nunca fui uma criança muito normal e o porquê de estar
escrevendo esse blog hoje em dia né?
FONTE:
http://101horrormovies.com/2014/04/17/417-sexta-feira-13-1980/
Nenhum comentário:
Postar um comentário