Direção: Tony
Maylam
Roteiro: Peter
Lawrence, Bob Weinstein, Harvey Weinstein e Tony Maylam e Brad Grey (história
original)
Produção: Harvey
Weinstein, Dany Ubaud (Produtor Associado), Jean Ubaud, André Djaoui e Michael
Cohl (Produtor Executivo)
Elenco: Brian Matthews, Leah Ayres, Brian Backer, Larry Joshua,
Jason Alexander, Ned Eisenberg
Chamas da Morte ou A Vingança de
Cropsy como ficou conhecido também aqui no Brasil é um senhor
filme slasher! Com certeza um dos melhores já feitos em todo o gênero
durante os frutíferos anos 80. De colocar o primeiro Sexta-Feira 13 no chinelo com todo o respeito. E isso
por conta de dois simples fatores primordiais: a maquiagem de Tom Savini, que o
transformou num belíssimo exemplar de gore, com mortes violentíssimas, e
várias garotas nuas com direito a nu frontal. Talvez o mais interessante
de Chamas da Morte, é que ele é um projeto da embrionária Miramax, dos
irmãos Bob e Harvey Weisntein, que se tornaria uma das principais produtoras
independentes no futuro, com títulos premiados como Pulp Fiction – Tempos
de Violência, O Paciente Inglês e Gênio Indomável, entre outros.
O próprio argumento, roteiro e personagem foram criados pelos irmãos Weinstein.
Isso já dá uma baita credibilidade ao longa nos dias de hoje. Na trama, nada de
novo. Querendo pegar onda no sucesso de Sexta-Feira 13 no ano
anterior, e lançado nos cinemas americanos uma semana depois
de Sexta-Feira 13 – Parte 2, Chamas da Morte volta ao universo
dos acampamentos de verão, dessa vez com um assassino que é uma bela mistura
entre Jason Voohrees e Freddy Krueger (que ainda não havia nascido), que mata
suas vítimas adolescentes com os hormônios em ebulição máxima com uma afiada
tesoura de jardinagem. Cropsy era um terrível e autoritário zelador do
acampamento Blackfoot que adorava tratar mal os adolescentes que passavam ali
os seus verões. Até que um dia, um grupinho resolveu pregar uma peça que dá
errado, e Cropsy é terrivelmente queimado, ficando desfigurado e passando por
um tratamento ineficaz durante cinco anos, com sua pele rejeitando todo tipo de
enxerto e transplante. Claro que ao sair do hospital, Cropsy está mentalmente
perturbado, feio que nem o cão e com um implacável desejo de vingança. Pode ser
em qualquer acampamento e contra qualquer adolescente. Não importa! O que vale
é colocar sua tesoura para funcionar. E ah, como ele coloca. O mestre Tom
Savini nos brinda com mortes brutais, sangrentas e exageradas, que eleva o
patamar de Chamas da Morte em relação aos seus irmãos slasher. Uma
cena em particular, quando alguns campistas estão em uma jangada e são atacados
por Cropsy e sua tesoura, é antológica. É uma daquelas cenas que marcaram minha
juventude quando o filme era exibido (sem cortes!) na Sessão das Dez no SBT. Os
jovens tem a jugular aberta, olhos perfurados, dedos cortados fora, peitos
abertos, e tudo o que mais tem direito. Sem economizar no sangue e tudo
explícito, sem edição e mortes off screen. É um deleite! Outra cena que me
marcou, no auge da minha puberdade é quando uma das menininhas vai nadar nua e
ao voltar a terra firme, suas roupas sumiram e estão penduradas em diversos
pontos dispersos da floresta. Ela peladinha tem que ficar procurando-as,
aterrorizada, até ser atacada pelo assassino e morta sem nenhuma piedade.
Afinal, era para isso que serviam os filmes slasher e nisso que a
garotada se amarrava. Fora que a maquiagem de Cropsy (que é interpretado
por Lou David, de A Morte Convida para Dançar) com seu rosto
queimado e putrefato é realmente repugnante. Mais um ponto para Savini. E além
disso, entre os jovens atores de Chamas da Morte estão varias
figurinhas que ficariam bem conhecidas por outros filmes. Quer exemplos? Tanto
Brian Backer quanto Ned Eisenberg, nos papeis de Alfred e Eddy respectivamente,
fizeram um filme clássico da Sessão da Tarde, Trânsito Muito Louco, que um
bando de adolescentes desordeiros perdem a carta de motorista e precisam passar
pela autoescola novamente. Além deles, outro garoto do acampamento, Woodstock,
é interpretado por Fisher Stevens, famoso por Hackers – Piratas de
Computador, Um Robô em Curto-Circuito (outro clássico da Sessão da
Tarde) e a série Early Edition. Mas o mais notável é a participação de um
jovem Jason Alexander, o eterno George Constanza de Seinfeld.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2014/04/30/425-chamas-da-morte-1981/
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