terça-feira, 5 de janeiro de 2016

#425 1981 CHAMAS DA MORTE (The Burning,EUA, Canadá)


Direção: Tony Maylam
Roteiro: Peter Lawrence, Bob Weinstein, Harvey Weinstein e Tony Maylam e Brad Grey (história original)
Produção: Harvey Weinstein, Dany Ubaud (Produtor Associado), Jean Ubaud, André Djaoui e Michael Cohl (Produtor Executivo)
Elenco: Brian Matthews, Leah Ayres, Brian Backer, Larry Joshua, Jason Alexander, Ned Eisenberg

Chamas da Morte ou A Vingança de Cropsy como ficou conhecido também aqui no Brasil é um senhor filme slasher! Com certeza um dos melhores já feitos em todo o gênero durante os frutíferos anos 80. De colocar o primeiro Sexta-Feira 13 no chinelo com todo o respeito. E isso por conta de dois simples fatores primordiais: a maquiagem de Tom Savini, que o transformou num belíssimo exemplar de gore, com mortes violentíssimas, e várias garotas nuas com direito a nu frontal. Talvez o mais interessante de Chamas da Morte, é que ele é um projeto da embrionária Miramax, dos irmãos Bob e Harvey Weisntein, que se tornaria uma das principais produtoras independentes no futuro, com títulos premiados como Pulp Fiction – Tempos de Violência, O Paciente Inglês e Gênio Indomável, entre outros. O próprio argumento, roteiro e personagem foram criados pelos irmãos Weinstein. Isso já dá uma baita credibilidade ao longa nos dias de hoje. Na trama, nada de novo. Querendo pegar onda no sucesso de Sexta-Feira 13 no ano anterior, e lançado nos cinemas americanos uma semana depois de Sexta-Feira 13 – Parte 2, Chamas da Morte volta ao universo dos acampamentos de verão, dessa vez com um assassino que é uma bela mistura entre Jason Voohrees e Freddy Krueger (que ainda não havia nascido), que mata suas vítimas adolescentes com os hormônios em ebulição máxima com uma afiada tesoura de jardinagem. Cropsy era um terrível e autoritário zelador do acampamento Blackfoot que adorava tratar mal os adolescentes que passavam ali os seus verões. Até que um dia, um grupinho resolveu pregar uma peça que dá errado, e Cropsy é terrivelmente queimado, ficando desfigurado e passando por um tratamento ineficaz durante cinco anos, com sua pele rejeitando todo tipo de enxerto e transplante. Claro que ao sair do hospital, Cropsy está mentalmente perturbado, feio que nem o cão e com um implacável desejo de vingança. Pode ser em qualquer acampamento e contra qualquer adolescente. Não importa! O que vale é colocar sua tesoura para funcionar. E ah, como ele coloca. O mestre Tom Savini nos brinda com mortes brutais, sangrentas e exageradas, que eleva o patamar de Chamas da Morte em relação aos seus irmãos slasher. Uma cena em particular, quando alguns campistas estão em uma jangada e são atacados por Cropsy e sua tesoura, é antológica. É uma daquelas cenas que marcaram minha juventude quando o filme era exibido (sem cortes!) na Sessão das Dez no SBT. Os jovens tem a jugular aberta, olhos perfurados, dedos cortados fora, peitos abertos, e tudo o que mais tem direito. Sem economizar no sangue e tudo explícito, sem edição e mortes off screen. É um deleite! Outra cena que me marcou, no auge da minha puberdade é quando uma das menininhas vai nadar nua e ao voltar a terra firme, suas roupas sumiram e estão penduradas em diversos pontos dispersos da floresta. Ela peladinha tem que ficar procurando-as, aterrorizada, até ser atacada pelo assassino e morta sem nenhuma piedade. Afinal, era para isso que serviam os filmes slasher e nisso que a garotada se amarrava. Fora que a maquiagem de Cropsy (que é interpretado por Lou David, de A Morte Convida para Dançar) com seu rosto queimado e putrefato é realmente repugnante. Mais um ponto para Savini. E além disso, entre os jovens atores de Chamas da Morte estão varias figurinhas que ficariam bem conhecidas por outros filmes. Quer exemplos? Tanto Brian Backer quanto Ned Eisenberg, nos papeis de Alfred e Eddy respectivamente, fizeram um filme clássico da Sessão da Tarde, Trânsito Muito Louco, que um bando de adolescentes desordeiros perdem a carta de motorista e precisam passar pela autoescola novamente. Além deles, outro garoto do acampamento, Woodstock, é interpretado por Fisher Stevens, famoso por Hackers – Piratas de Computador, Um Robô em Curto-Circuito (outro clássico da Sessão da Tarde) e a série Early Edition. Mas o mais notável é a participação de um jovem Jason Alexander, o eterno George Constanza de Seinfeld.
FONTE: http://101horrormovies.com/2014/04/30/425-chamas-da-morte-1981/

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