Direção: Oliver
Stone
Roteiro: Oliver
Stone (baseado na obra de Marc Brandell)
Produção: Edward
R. Pressman, Bert Kamerman (Produtor Associado), Clark L. Paylow (Produtor
Executivo)
Elenco: Michael
Caine, Andrea Marcovicci, Annie McEnroe, Bruce McGill, Viveca Lindfors, Roseman
Murphy
É cada bobagem que eu
assisto para montar essa lista aqui para vocês, fãs do horror… A Mão, dirigido por Oliver
Stone e estrelado por Michael Caine é uma dessas porcarias que só o excelente
gênero horror consegue nos proporcionar. E daí que o filme é dirigido pelo mala
pedante ativista político Oliver Stone (que até tem ótimos filmes no currículo,
como Platoon, JFK – A Pergunta que Não Quer Calar, Wall Street –
Poder e Cobiça e Assassinos por Natureza, e outras bombas atômicas
como Alexandre e As Torres Gêmeas)? E daí que é estrelado por Michael
Caine? E daí que os efeitos especiais da “mão ambulante assassina vingativa”
são do mestre Carlo Rambaldi? Simplesmente acho o filme tosco. Já disse que
temos uma “mão ambulante assassina vingativa” na trama, e por mais que haja
todo um viés psicológico por trás, e atuação de Caine seja incrível, não me
convence. Acho que o bode que tenho com A Mão seja por conta do seu
final, que beirava o brilhantismo em um jogo ambíguo levando o espectador a
crer na insanidade do personagem principal, mas que depois, vemos que sim, a culpada
da PORRA TODA é da mão decepada, versão maligna do seu Mãozinha da Família
Addams, comandada por Caine em seus atos psicóticos. Bem, depois de recusado
por John Voigt, Dustin Hoffman e Christopher Walken, Michael Caine, que
precisava de grana para reformar a sua garagem (veja que mais tarde ele faria o
execrável Tubarão – A Vingança, então o maluco devia estar na pindaíba
mesmo), vive o famoso cartunista Jonathan Lansdale, que escreve e desenha a
tirinha do personagem Mandro (cujo design é de Barry Windsor-Smith, que
desenhava Conan, o Bárbaro para a Marvel), e no meio de uma crise conjugal com
a esposa, Anne (Andrea Marcovicci), perde a mão direita em um terrível acidente
de carro (em uma cena sanguinolenta pacas!). Com sua carreira acabada, à beira
de um surto psicótico, e usando uma mão protética, Lansdale começa a viver um
espiral de desgraça e loucura. Primeiro ele é demitido pela sua editora quando
entra em rota de colisão com o novo artista que assume Mandro e quer dar sua
nova visão estética ao personagem. Depois, ele muda-se para outra cidade para
lecionar desenho em um curso, morando em uma pocilga, longe da esposa, que
engata um caso extraconjugal, e filha. Lansdale se envolve com a gatinha Stella
Roche (Annie McEnroe) que primeiro só quer dar para o professor, mas depois
começa a rolar um sentimento entre ambos. Nas vésperas do natal, ele descobre
que o professor de psicologia que conhecera e amigo de bar, Brian Ferguson
(Bruce McGill) irá levar a moça para umas noitadas na Califórnia durante as
festas, e finalmente explode sua ira incontrolável, e seu instinto assassino
aflora, com sua mão decepada, que ganha vida, matando aqueles que se metem em
seu caminho (mesmo ele já tendo matado um mendigo antes, só pra aumentar um
pouquinho a contagem de cadáveres, participação especial do próprio Stone). Quando
quase estrangula a mulher que foi lhe visitar no Natal, é que o caldo entorna,
e veremos o descabelado Caine, afetadíssimo em algumas cenas, comedidos em
outras, confrontando-se com o que pode (ou não) ter acabado de fazer, já que
sempre tinha estranhos apagões quando sua mão decepada atacava. Daí viria a
cereja do bolo (apesar das mortes violentas e do gore, assim como a
qualidade dos efeitos especiais) sobre como as atitudes extremas fazem um homem
perturbado virar assassino, o levantar de questões sobre quais os limites entre
realidade e loucura, o escape de colocar a culpa em algo fantasioso debatido
com uma psiquiatra na cena final e tudo mais. Mas, Stone consegue estragar
tudo! Ou não, se você só estiver interessado só na tosqueira da mão assassina
mesmo e todo o trash que esse tipo de argumento acarreta. Baseado no
livro “The Lizard’s Tail” de Marc Brandel, o segundo filme de Stone antes do
estrelato (mas já com um Oscar® na prateleira pelo roteiro adaptado
de O Expresso da Meia-Noite), A Mão foi figurinha carimbada nas
resprises das madrugadas da TV aberta (quando eu, e muitos de minha geração
devemos tê-lo assistido pela primeira vez), e uma das icônicas capas de VHS nas
locadoras, lançado pela Warner Home Video aqui no Brasil. Não gosto do filme,
mas se vocês gostam, eu dou minha mão à palmatória, leitores! RÁ!
FONTE:
http://101horrormovies.com/2014/05/15/435-a-mao-1981/
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