quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

#435 1981 A MÃO (The Hand, EUA)


Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone (baseado na obra de Marc Brandell)
Produção: Edward R. Pressman, Bert Kamerman (Produtor Associado), Clark L. Paylow (Produtor Executivo)
Elenco: Michael Caine, Andrea Marcovicci, Annie McEnroe, Bruce McGill, Viveca Lindfors, Roseman Murphy

É cada bobagem que eu assisto para montar essa lista aqui para vocês, fãs do horror… A Mão, dirigido por Oliver Stone e estrelado por Michael Caine é uma dessas porcarias que só o excelente gênero horror consegue nos proporcionar. E daí que o filme é dirigido pelo mala pedante ativista político Oliver Stone (que até tem ótimos filmes no currículo, como Platoon, JFK – A Pergunta que Não Quer Calar, Wall Street – Poder e Cobiça e Assassinos por Natureza, e outras bombas atômicas como Alexandre e As Torres Gêmeas)? E daí que é estrelado por Michael Caine? E daí que os efeitos especiais da “mão ambulante assassina vingativa” são do mestre Carlo Rambaldi? Simplesmente acho o filme tosco. Já disse que temos uma “mão ambulante assassina vingativa” na trama, e por mais que haja todo um viés psicológico por trás, e atuação de Caine seja incrível, não me convence. Acho que o bode que tenho com A Mão seja por conta do seu final, que beirava o brilhantismo em um jogo ambíguo levando o espectador a crer na insanidade do personagem principal, mas que depois, vemos que sim, a culpada da PORRA TODA é da mão decepada, versão maligna do seu Mãozinha da Família Addams, comandada por Caine em seus atos psicóticos. Bem, depois de recusado por John Voigt, Dustin Hoffman e Christopher Walken, Michael Caine, que precisava de grana para reformar a sua garagem (veja que mais tarde ele faria o execrável Tubarão – A Vingança, então o maluco devia estar na pindaíba mesmo), vive o famoso cartunista Jonathan Lansdale, que escreve e desenha a tirinha do personagem Mandro (cujo design é de Barry Windsor-Smith, que desenhava Conan, o Bárbaro para a Marvel), e no meio de uma crise conjugal com a esposa, Anne (Andrea Marcovicci), perde a mão direita em um terrível acidente de carro (em uma cena sanguinolenta pacas!). Com sua carreira acabada, à beira de um surto psicótico, e usando uma mão protética, Lansdale começa a viver um espiral de desgraça e loucura. Primeiro ele é demitido pela sua editora quando entra em rota de colisão com o novo artista que assume Mandro e quer dar sua nova visão estética ao personagem. Depois, ele muda-se para outra cidade para lecionar desenho em um curso, morando em uma pocilga, longe da esposa, que engata um caso extraconjugal, e filha. Lansdale se envolve com a gatinha Stella Roche (Annie McEnroe) que primeiro só quer dar para o professor, mas depois começa a rolar um sentimento entre ambos. Nas vésperas do natal, ele descobre que o professor de psicologia que conhecera e amigo de bar, Brian Ferguson (Bruce McGill) irá levar a moça para umas noitadas na Califórnia durante as festas, e finalmente explode sua ira incontrolável, e seu instinto assassino aflora, com sua mão decepada, que ganha vida, matando aqueles que se metem em seu caminho (mesmo ele já tendo matado um mendigo antes, só pra aumentar um pouquinho a contagem de cadáveres, participação especial do próprio Stone). Quando quase estrangula a mulher que foi lhe visitar no Natal, é que o caldo entorna, e veremos o descabelado Caine, afetadíssimo em algumas cenas, comedidos em outras, confrontando-se com o que pode (ou não) ter acabado de fazer, já que sempre tinha estranhos apagões quando sua mão decepada atacava. Daí viria a cereja do bolo (apesar das mortes violentas e do gore, assim como a qualidade dos efeitos especiais) sobre como as atitudes extremas fazem um homem perturbado virar assassino, o levantar de questões sobre quais os limites entre realidade e loucura, o escape de colocar a culpa em algo fantasioso debatido com uma psiquiatra na cena final e tudo mais. Mas, Stone consegue estragar tudo! Ou não, se você só estiver interessado só na tosqueira da mão assassina mesmo e todo o trash que esse tipo de argumento acarreta. Baseado no livro “The Lizard’s Tail” de Marc Brandel, o segundo filme de Stone antes do estrelato (mas já com um Oscar® na prateleira pelo roteiro adaptado de O Expresso da Meia-Noite), A Mão foi figurinha carimbada nas resprises das madrugadas da TV aberta (quando eu, e muitos de minha geração devemos tê-lo assistido pela primeira vez), e uma das icônicas capas de VHS nas locadoras, lançado pela Warner Home Video aqui no Brasil. Não gosto do filme, mas se vocês gostam, eu dou minha mão à palmatória, leitores! RÁ!
FONTE: http://101horrormovies.com/2014/05/15/435-a-mao-1981/

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