terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

#459 1982 OÁSIS DOS ZUMBIS (La tumba de los muertos vivientes / Oasis of the Zombies, França, Espanha)


Direção: Jesús Franco
Roteiro: Jesús Franco, Ramón Llidó
Produção: Marius Lesouer (não creditado), Daniel Lesouer (Produtor Associado – não creditado)
Elenco: Manuel Gélin, Eduardo Fajardo, France Lomay, Jeff Montgomery, Lina Romay, Myriam Landson

Lembra-se de O Lago dos Zumbis, bagaceira da Eurociné sobre zumbis nazistas mortos em um lago, que deveria ser dirigido por Jesús Franco, mas o sujeito sumiu do mapa e caiu no colo de Jean Rollin para realizar a audaciosa fita? Pois bem, como errar uma vez é humano, mas erras duas vezes é cinema de terror europeu barato, eis que a produtora francesa de Marius Lesoeur resolve voltar ao tema “zumbi nazista” com Jess Franco de novo e juntos lançam Oásis dos Zumbis. Dessa vez o espanhol não tomou chá de sumiço. Não sei se isso significa algo bom ou ruim. Primeiro porque Oásis dos Zumbis não tem o jeitão “Jesús Franco de ser”. Segundo que o filme anterior do francês Rollin é, hã… melhor, se é que podemos dizer assim, porque pelo menos é divertido e garante boas risadas de sua tosquice. Na boa? Isso aqui é muito ruim. Chega a ser uma tortura assistir ao filme até o final. Não tem absolutamente NADA que se aproveita. NADA! As atuações são péssimas, a maquiagem é péssima, a cenografia é péssima, o roteiro é péssimo, os efeitos de maquiagem são péssimos. Jesús Franco com seu pseudônimo A.M. Frank (como diretor) e A.L. Mariaux (como roteirista) é péssimo! Coitado dos zumbis. E aquele então com aquele par de olhos falsos de vidro? Meu Deus! Um contingente de soldados alemães durante a II Guerra Mundial está transportando um carregamento de ouro avaliado em seis milhões de dólares, em algum lugar do deserto setentrional africano, quando sofrem uma emboscada dos aliados. Após um selvagem tiroteio, todos acabam mortos, exceto o Capitão Blabert (Javier Maiza) que depois de quase ser morto ao vagar pelas areias do deserto, é encontrado pelo Sheik Mohamed Al-Kafir (Antonio Mayans) que lhe dá socorro médico. Ele acaba se apaixonando pela filha do muçulmano, Aisha (Doris Regina) e ao se recuperar, volta para a guerra, deixando a moça, grávida, que acaba por morrer ao dar à luz ao seu filho. Passam-se alguns anos e o filho de Blabert, Robert (Manuel Gélin), ao saber que seu pai fora assassinado, descobre em seus escritos como chegar até o tal oásis em que a suposta fortuna está enterrada. Junto com três amigos, Ahmed (Miguel Angel Aristu), Sylvie (Caroline Audret) e Ronald (Eric Saint-Just), eles encontram o Prof. Konrad Deniken (Albino Graziani) e sua assistente Erika (France Lomay) e partem para essa aventura nababesca, sem fazer ideia de que o local é amaldiçoado, pois os corpos putrefatos e cheios de areia dos nazistas voltam à vida para proteger o tesouro dos gananciosos. Não me pergunte o porquê dos seguidores de Hitler ressuscitar como zumbis. Não há menor explicação para tal. Só sei que eles voltam, e com maquiagens esdrúxulas, com uma fome canibal de jugulares e outros pedaços de carne humana salpicados com muita tinta guache vermelha da pior qualidade. E o pior é que quando nada mais se salva, como de praxe no cinema de Jess Franco, ele mete um monte de mulher pelada com seus peitinhos de fora e pelos pubianos fartos. Ou eu assisti alguma versão editada, ou então realmente Jesús esteve bem comedido aqui nas cenas de putaria e nudez. Ainda mais falando de um cara que tem Macumba Sexual, Vampiros Lesbos e Ela Matou em Êxtase em sua filmografia, entre outros. E Oásis dos Zumbis não vai para lugar nenhum. Começa promissor com duas gatinhas tirando férias na África e descobrindo o mausoléu desértico nazista (só que sem nudez, como acontece com seu irmão O Lago dos Zumbis, que já mostra ao que veio logo de cara), e depois é aquela enrolação sem fim, com uma ou outra cena de ataque com uma velocidade absurda (estou sendo sarcástico), junto com mais enrolação e pobreza que se estampa na tela. Há tanto filme bom que nunca chegou a esse nosso país abençoado por Deus e bonito por natureza. Ah, mas Oásis do Zumbi teve seu lugar ao sol (desculpem o trocadilho infame) e foi lançado em DVD pela Vinny Filmes, na coleção  Clássicos do Terror (o que deveria render à distribuidora um processo por propaganda enganosa).
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/06/17/459-oasis-dos-zumbis-1982/

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