Direção: Dick
Mass
Roteiro: Dick
Mass
Produção: Matthijs
van Heijingen
Elenco: Huub
Stapel, Willeke van Ammelrooy, Josine van Dalsum, Liz Snoyink, Wiske Sterringa
O que esperar de um filme
chamado O Elevador Assassino? Essa é uma dúvida recorrente que
deve passar pela cabeça de qualquer espectador, mesmo sendo um fã do trash.
Acontece que esse interessantíssimo exemplar do cinema de terror holandês é um
filme surpreendente. Voltando um pouco ao pré-conceito ou ao juízo de valor que
um título como esse pode despertar na cabeça do leitor mais incauto, O
Elevador Assassino não é um filme trash religiosamente falando.
Nada que se pareça com uma A Geladeria Diabólica da vida. Na verdade
ele é um sci-fi, com boa dose de suspense, poucas cenas fortes de violência
gráfica e claro, algumas ideias estapafúrdias datadas por conta da fita do
diretor e roteirista Dick Maas ter sido lançada lá no começo dos anos 80. E O
Elevador Assassino é mais um daqueles exemplares de filme de horror
raçudo, feito na cara e na coragem, no meio de brigas entre Maas e o produtor
Matthijs van Heljningen por divergência na escolha de atores (Maas acabou sendo
despedido mas recontratado no dia seguinte), filmado em apenas 30 dias, todo em
locação (o designer de produção Harry Ammerlaan teve que redecorar o mesmo
corredor diversas vezes para se parecer com diferentes andares de um mesmo
edifício) e com um orçamento que hoje seria algo equivalente a 350 mil euros. A
trama homem ex machina consiste em uma teoria da conspiração nababesca onde uma
empresa de componentes eletrônicos chamada Rising Sun Electronics está testando
uma espécie de biochip, capaz de se reproduzir e dotado de inteligência
artificial no elevador de um prédio de comercial. Esse elevador começa a
apresentar um mau funcionamento, que na verdade é um comportamento errático que
acaba matando diversas pessoas em seu interior, como um grupo de quatro
sujeitos depois de uma farra que ficam presos e morrem sufocados logo em seu
início (em uma cena impossível para um claustrofóbico assistir), um cego que
acaba caindo no fosso e um outro sujeito que tem sua cabeça decapitada ao
fechar das portas da máquina tão útil à vida humana. Enquanto a polícia
considera tudo isso um acidente (afinal, segundo eles, só na Holanda, 250 mil
pessoas ficam presas em elevadores por ano), o técnico Felix Adelaar (Huub
Stapel) começa a desconfiar das mortes e dos problemas apresentado pelo
elevador. Logo, puxando os fios, e com a ajuda da repórter Mieke de Beer
(Willeke van Ammelrooy) ele descobre a participação da empresa Deta Liften, a
mesma onde ele trabalha, tramando com os figurões da Rising Sun neste
experimento que fugiu do controle. No decorrer dessa investigação, Felix começa
a passar por um sério problema conjugal com sua patroa, Saskia (Josine van
Dalsum), que acredita que ele está tendo um caso com Mieke, e tornando-se
obcecado e paranoico com o que vem acontecendo no elevador. Uma cópia legendada
às pressas foi exibida no Festival de Cannes daquele ano e foi um sucesso tão
grande, que logo a Warner Bros. comprou os direitos de exibição do longa, que
acabou sendo lançado nos cinemas americanos apenas dois anos depois. E em 2001,
Dick Mass dirigiu a sua refilmagem americana, com um orçamento de 15 milhões de
dólares e uma ainda desconhecida Naomi Watts no elenco, que chegou até a ser
lançado em DVD no Brasil com o nome de O Elevador da Morte. Muito bem
construído, com cenas bem tensas e uma explicação tão ilógica para os dias de
hoje que torna-se divertidíssima, O Elevador Assassino é uma daqueles
ótimas surpresas que encontrei garimpando essa minha lista do blog, e
recomendado para os fãs de um bom suspense e do terror tecnológico.
FONTE:
https://101horrormovies.com/2014/07/03/469-o-elevador-assassino-1983/
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