quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

178 1945 ROMA, CIDADE ABERTA (ROMA, CITTÀ APERTA, ITÁLIA)




Direção: Roberto Rossellini
Produção: Giuseppe Amato, Ferruccio De Martino, Roberto Rossellini
Fotografia: Ubaldo Arata
Roteiro: Sergio Amidei, Federico Fellini
Música: Renzo Rossellini
Elenco:
Aldo Fabrizi …………. Don Pietro Pellegrini
Anna Magnani ……… Pina
Marcello Pagliero ……Giorgio Manfredi aka Luigi Ferraris
Vito Annichiarico ……. Piccolo Marcello
Nando Bruno …………Agostino
Harry Feist ……………Major Bergmann

Ainda: Maria Mir hl, Francesco Gi.iiidj.iqiiri

Indicação ao Oscar: Sergio Amidel, Federico Fellini (roteiro) 

Festival de Cannes: Roberto Rossellini (Palma de Ouro)

Considerado o estopim de uma revolução estética no cinema, Roma, cidade aberta, de Roberto Rossellini, foi a primeira grande obra do neo-realismo italiano e conseguiu explodir as convenções do "cinema dos telefones brancos" do regime de Mussolini, em voga na Itália no começo da década de 40. O filme de Rossellini sobre a Resistência Italiana foi escrito na época da luta subterrânea contra os nazistas. Lembrando a fórmula de Eisenstein do "filme coral", ele conta a história de um grupo de patriotas escondidos no apartamento de um litografo chamado Francesco (Francesco Grandjaquet). O comunista que lidera o grupo, Manfredi (Marcello Pagliero), é perseguido pela Gestapo e finalmente capturado e executado. Pina (Anna Magnani), esposa de Francesco, e Don Pietro (Aldo Fabrizi), um padre de boa índole, morrem também, tentando ajudar Manfredi a escapar. Porém é a solidariedade de Roma enquanto cidade que antecipa a vitória final contra os Invasores. A escassez de recursos técnicos e financeiros acabou se mostrando uma virtude de Romo, cidade aberta, que foi filmado em um estilo documental. Ao mostrar pessoas reais em locações reais, o filme trouxe uma lufada de ar fresco para o cinema do Ocidente. A liberdade de movimentos da câmera e a autenticidade dos personagens, aliados a uma nova maneira de se contar uma história, foram algumas das qualidades que transformaram o filme na revelação do Festival de Cannes de 1946, em que recebeu a Palma de Ouro. O neo-realismo logo se tornou o modelo estético pata diretores interessados em uma descrição vívida da História e da sociedade. Um dos aspectos mais impressionantes de Roma, cidade aberta é a abordagem de Rossellini do drama de cada personagem. Alguns dos heróis do filme permanecerão para sempre nos corações dos espectadores. Quem é capaz de esquecer a visão de Pina, grávida, correndo por entre as balas, ou do bom padre alvejado diante dos olhos apavorados das crianças? Embora possa pender para o melodramático, a história é tão comovente hoje em dia quanto na época. Não é de surpreender que, depois desse papel, Magnani tenha se tornado uma das maiores atrizes do cinema Italiano. DD

1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 178)

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