Direção:
Roberto Rossellini
Produção:
Giuseppe Amato, Ferruccio De Martino, Roberto Rossellini
Fotografia:
Ubaldo Arata
Roteiro:
Sergio Amidei, Federico Fellini
Música:
Renzo Rossellini
Elenco:
Aldo
Fabrizi …………. Don Pietro Pellegrini
Anna
Magnani ……… Pina
Marcello
Pagliero ……Giorgio Manfredi aka Luigi Ferraris
Vito
Annichiarico ……. Piccolo Marcello
Nando
Bruno …………Agostino
Harry
Feist ……………Major Bergmann
Ainda: Maria
Mir hl, Francesco Gi.iiidj.iqiiri
Indicação
ao Oscar: Sergio Amidel, Federico Fellini (roteiro)
Festival
de Cannes: Roberto Rossellini (Palma de Ouro)
Considerado
o estopim de uma revolução estética no cinema, Roma, cidade aberta, de Roberto
Rossellini, foi a primeira grande obra do neo-realismo italiano e conseguiu
explodir as convenções do "cinema dos telefones brancos" do regime de
Mussolini, em voga na Itália no começo da década de 40. O filme de Rossellini
sobre a Resistência Italiana foi escrito na época da luta subterrânea contra os
nazistas. Lembrando a fórmula de Eisenstein do "filme coral", ele
conta a história de um grupo de patriotas escondidos no apartamento de um
litografo chamado Francesco (Francesco Grandjaquet). O comunista que lidera o
grupo, Manfredi (Marcello Pagliero), é perseguido pela Gestapo e finalmente
capturado e executado. Pina (Anna Magnani), esposa de Francesco, e Don Pietro
(Aldo Fabrizi), um padre de boa índole, morrem também, tentando ajudar Manfredi
a escapar. Porém é a solidariedade de Roma enquanto cidade que antecipa a vitória
final contra os Invasores. A escassez de recursos técnicos e financeiros acabou
se mostrando uma virtude de Romo, cidade aberta, que foi filmado em um estilo
documental. Ao mostrar pessoas reais em locações reais, o filme trouxe uma
lufada de ar fresco para o cinema do Ocidente. A liberdade de movimentos da
câmera e a autenticidade dos personagens, aliados a uma nova maneira de se
contar uma história, foram algumas das qualidades que transformaram o filme na revelação
do Festival de Cannes de 1946, em que recebeu a Palma de Ouro. O neo-realismo
logo se tornou o modelo estético pata diretores interessados em uma descrição
vívida da História e da sociedade. Um dos aspectos mais impressionantes de
Roma, cidade aberta é a abordagem de Rossellini do drama de cada personagem.
Alguns dos heróis do filme permanecerão para sempre nos corações dos espectadores.
Quem é capaz de esquecer a visão de Pina, grávida, correndo por entre as balas,
ou do bom padre alvejado diante dos olhos apavorados das crianças? Embora possa
pender para o melodramático, a história é tão comovente hoje em dia quanto na
época. Não é de surpreender que, depois desse papel, Magnani tenha se tornado
uma das maiores atrizes do cinema Italiano. DD
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ANTES DE MORRER 178)
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