Direção: William
A. Wellman
Produção:
Lamar Trotti
Roteiro: LamarTrotti,
baseado no livro de Walter Van Tilburg Clark
Fotografia:
Arthur C. Miller
Música: Cyril
J. Mockridge
Elenco:
Henry
Fonda …….Gil Carter
Anthony
Quinn … Juan Martínez / Francisco Morez
Jane
Darwell …... Jenny Grier
Dana Andrews …. Donald Martin
Mary Beth Hughes… Rose Mapen / Rose Swanson
William Eythe …….. Gerald Tetley
Ainda: Mary Beth Hughes, Harry Morgan, Matt Briggs, Harry Davenport,
Frank Conroy, Marc Lawrence, Paul Hurst, Victor Killan, Chris-Pin Martin,
Willard Robertson, Leigh Whipper
Indicação
ao Oscar: Lamar Trotti (melhor filme)
Consciências
mortas é um filme-chave na história dos faroestes, um dos muitos produzidos em
1940 que mostraram que o gênero - que anteriormente gozava de baixo prestígio
cultural - poderia abordar questões importantes. Em 1885, numa cidadezinha no
estado de Nevada, se espalha o boato de que um rancheiro local teria sido
assassinado por ladrões de gado. Enquanto o xerife está fora da cidade, um grupo
de linchadores se reúne e captura dois estranhos de passagem por lá. Apesar de
se proclamarem inocentes, os homens são enforcados. Logo em seguida, os
responsáveis descobrem que o rancheiro não está morto e que os verdadeiros
ladrões haviam sido presos. Este filme conciso (de apenas 75 minutos de
duração) traz uma bela quantidade de estrelas. Henry Fonda é um caubói local,
apresentado de Início como um inconsequente brigâo de saloon, mas que acaba
ficando contra os linchadores. As três vítimas são interpretadas por Dana
Andrews, um homem de família claramente inocente; Anthony Quinn, um andarilho
mexicano; e Francis Ford, irmão do mais ilustre John, um velho senil. Frank
Conroy está excelente como um ex-major confederado violento que força o próprio
filho a ajudar nos enforcamentos, e Jane Darwell, famosa como a Mãe em As vinhas
da ira, de John Ford, é uma implacável velha criadora de gado. Consciências
monas defende de forma incisiva o cumprimento da lei como base da civilização. Além
de Fonda, as únicas pessoas que resistem à histeria dos linchadores são um
comerciante (Harry Davenport) e um pastot negro (Lelgh Whipper), cujos motivos para
protestar são maiores do que os dos demais, por ter visto o próprio irmão ser linchado.
No fim, quando a verdade é revelada, Fonda enche os linchadores de vergonha ao
ler em voz alta uma carta escrita pelo personagem de Andrews para a esposa. Darryl
Zanuck, presidente da 20th Century Fox à época, insistiu em que o filme fosse
rodado em cenários de estúdio para baratear os custos. Na verdade, os espaços reduzidos
dão a Consciências mortos uma intensidade maior do que a que poderia ter sido
alcançada através das vastas paisagens típicas dos faroestes. O roteiro é
baseado no primeiro romance de Walter Van Tilburg Clark, natural de Nevada, que
teria outra obra sua, The Track of the Cot, também filmada por William Wellman.
EB
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 163)
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