Direção:
Alfred Hitchcock
Produção:
David O. Selznick
Roteiro:
Angus MacPhail, Ben Hechet
Fotografia:
George Barnes
Música:
Miklós Rózsa
Elenco:
Ingrid Bergman ………Dra. Constance Petersen
Gregory Peck ………. John Ballantine / Dr. Anthony Edwardes
Michael Chekhov …….Dr. Alexander ‘Alex’ Brulov
Leo G. Carroll ………. Dr. Murchison
Rhonda Fleming ………Mary Carmichael
John Emery ……………Dr. Fleurot
Ainda: Steven Geray, Paul Harvey, Donald Curtis, Rhonda Fleming, Norman
Lloyd, Wallace Ford, Bill Goodwin, Art Baker, Regis Toomey, Irving Bacon
Oscar:
Miklós Rózsa (música)
Indicação
ao Oscar: David O. Selznick (melhor filme), Alfred Hitchcock (diretor), Michael
Chekhov (ator coadjuvante), George Barnes (fotografia), Jack Cosgrove (efeitos especiais)
Quando
fala o coração, de Alfred Hitchcock, apresenta uma trama em forma de quebra-cabeça
intrigante e promissora. Um amnésico Gregory Peck, ao descobrir que não é quem
pensa ser, convoca a Dra. Constance Peterson (Ingrid Bergman) para ajudá-lo a descobrir
sua verdadeira identidade, assim como o destino do indivíduo que ele
aparentemente está personificando. No entanto, fascinado pela novidade da psicanálise,
Quando fala o coração concentra-se um pouco demais no subconsciente e não o bastante
no suspense de fato. Este, porém, é um dos "fracassos" mais
interessantes de Hitchcock, notável por suas atuações, desenho de produção e
música, mas não exatamente por seu mistério central. Apesar disso, Hitchcock
teve a esperteza de convocar (com bastante deferência) o artista surrealista
Salvador Dali para conceber as famosas sequências de sonho do filme, vislumbradas
por Peck em estado de hipnose. Essas visões assustadoras e alucinadas de jogos
de cartas, olhos e paisagens estranhas são até hoje louvadas com justiça como
mini-obras de arte por si mesmas. Igualmente inovadora foi a trilha sonora ganhadora
do Oscar de Mlklós Rózsa, a primeira a incorporar o zumbido eletrônico do teremim,
cuja sonoridade sinistra e ondulante se tornou uma pedra angular de muitos filmes
do gênero. Embora o roteiro de Bem Hecht exagere um pouco na conversa fiada psicanalítica,
Quando fala o coração serviu para apresentar o interesse cada vez maior de
Hitchcock no subconsciente. JKl
(1001
FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 175)
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