terça-feira, 23 de dezembro de 2014

175 1945 QUANDO FALA O CORAÇÃO (SPELLBOUND, EUA)



Direção: Alfred Hitchcock
Produção: David O. Selznick
Roteiro: Angus MacPhail, Ben Hechet
Fotografia: George Barnes
Música: Miklós Rózsa
Elenco:
Ingrid Bergman ………Dra. Constance Petersen
Gregory Peck ………. John Ballantine / Dr. Anthony Edwardes
Michael Chekhov …….Dr. Alexander ‘Alex’ Brulov
Leo G. Carroll ………. Dr. Murchison
Rhonda Fleming ………Mary Carmichael
John Emery ……………Dr. Fleurot
Ainda: Steven Geray, Paul Harvey, Donald Curtis, Rhonda Fleming, Norman Lloyd, Wallace Ford, Bill Goodwin, Art Baker, Regis Toomey, Irving Bacon

Oscar: Miklós Rózsa (música)

Indicação ao Oscar: David O. Selznick (melhor filme), Alfred Hitchcock (diretor), Michael Chekhov (ator coadjuvante), George Barnes (fotografia), Jack Cosgrove (efeitos especiais)

Quando fala o coração, de Alfred Hitchcock, apresenta uma trama em forma de quebra-cabeça intrigante e promissora. Um amnésico Gregory Peck, ao descobrir que não é quem pensa ser, convoca a Dra. Constance Peterson (Ingrid Bergman) para ajudá-lo a descobrir sua verdadeira identidade, assim como o destino do indivíduo que ele aparentemente está personificando. No entanto, fascinado pela novidade da psicanálise, Quando fala o coração concentra-se um pouco demais no subconsciente e não o bastante no suspense de fato. Este, porém, é um dos "fracassos" mais interessantes de Hitchcock, notável por suas atuações, desenho de produção e música, mas não exatamente por seu mistério central. Apesar disso, Hitchcock teve a esperteza de convocar (com bastante deferência) o artista surrealista Salvador Dali para conceber as famosas sequências de sonho do filme, vislumbradas por Peck em estado de hipnose. Essas visões assustadoras e alucinadas de jogos de cartas, olhos e paisagens estranhas são até hoje louvadas com justiça como mini-obras de arte por si mesmas. Igualmente inovadora foi a trilha sonora ganhadora do Oscar de Mlklós Rózsa, a primeira a incorporar o zumbido eletrônico do teremim, cuja sonoridade sinistra e ondulante se tornou uma pedra angular de muitos filmes do gênero. Embora o roteiro de Bem Hecht exagere um pouco na conversa fiada psicanalítica, Quando fala o coração serviu para apresentar o interesse cada vez maior de Hitchcock no subconsciente. JKl
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 175)



O diretor Alfred Hitchcock aparece como ator coadjuvante entre 38 e 39 minutos do filme:


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