Direçáo:
Billy Wilder
Produção:
Joseph Sistrom
Roteiro:
Billy Wilder, Raymond Chandler, baseado no livro Indenização dupla, de James M.
Cain.
Fotografla:
John F. Seitz
Música:
Miklós Rózsa
Elenco:
Fred MacMurray, Barbara Stanwyck, Edward C. Robinson, Peter Hall, Jean
Heather,Tom Powers, Byron Barr, Richard Gaines, Fortúnio Bonanova, John
Philliber
Indicação
ao Oscar: Joseph Sistrom [melhor filme), Billy Wilder (diretor), Raymond Chandler,
Billy Wilder
(roteiro).
Barbara Stanwyck (atriz), John F. Seitz (fotografia), Miklós Rôzsa (música),
Loren L. Ryder (som)
Adaptado
pelo diretor Bllly Wilder e pelo escritor Raymond Chandler do romance de detetive
de James M. Caln, Pacto de sangue é o filme noir arquetípico, a história de uma
mulher desesperada e de um homem ganancioso, de um assassinato por dinheiro
sujo e de uma traição repentina e violenta. Ainda assim, possui um romantismo
estranho e evocativo ("Como eu poderia saber que um assassinato às vezes
pode ter cheiro de madressilva?") e termina, extraordinariamente para
1944, com uma confissão não só de assassinato como também de amor entre dois
homens. A última fala, dirigida pelo moribundo Fred MacMurray ao Inconsolável
Edward G. Robinson, é: "Eu também te amo." Um homem ferido entra mancando
à noite no escritório de uma agência de seguros de Los Angeles. Acomoda-se
diante de sua mesa para ditar suas observações confessionais sobre "o
contrato Dietrlchson". Ele se apresenta como "Walter Neff, vendedor
de seguros, 35 anos, solteiro, sem cicatrizes visíveis - isto é, até agora há
pouco". MacMurray passou toda a sua carreira, primeiro na Paramount,
depois na Disney e por fim em seriados de tevê, fazendo o papel de bom sujeito,
cordial, sempre sorrindo, sempre amigável; duas vezes (sua outra mudança de
estilo, também pata Wilder, pode ser vista em Se meu apartamento falasse) ele
se esconde atrás de seu sorriso, interpretando maravilhosamente um completo patife,
seu queixo rachado suarento e com a barba por fazer, sua conversa mole de vendedor
um disfarce para Intenções luxuriosas, desonestas e homicidas. A isca que
instiga este joão-ninguém a sair da linha aparece recém-saída de um banho de
sol, envolvida em uma toalha reveladora e ostentando uma tornozeleira.
Visitando uma falsa mansão espanhola no Los Feliz Boulevard a propósito de uma
renovação de seguro de automóvel, Neff conhece a Sra. Phyllis Dietrichson
(Barbara Stanwyck) e não resiste a passar cantadas nela. Neff volta atrás
quando ela pergunta inocentemente se é possível fazer um seguro contra morte
acidental para seu marido mais velho (Tom Powers) sem que ele saiba disso. Neff
pensa a respeito e, depois de um encontro amoroso com Phyllis em seu
apartamento, concorda em participar do plano de assassinato. O casal faz o Sr.
D. assinar uma apólice que paga o dobro caso a morte ocorra em um trem, e então
arma para que o cadáver seja encontrado nos trilhos. Entra em cena Barton Keyes
(Robinson), um investigador de seguros tenaz cujo único ponto fraco é sua
devoção a Neff. Keyes trabalha no caso, descartando suicídio em um brilhante
discurso sobre a improbabilidade de alguém se suicidar pulando de um trem. Em seguida,
chega à conclusão de que a destemida loura é a assassina e tenta encontrar seu
parceiro no crime. Keyes não precisa se esforçar muito, pois as pressões que se
seguem ao assassinato começam a desunir Neff e Phyllis à medida que os dois tentam
não entrar em pânico e passam a suspeitar de traições adicionais mútuas.
Naquela mansão sufocante e sombria, com "Tangerine" tocando no rádio
e o cheiro de madressilva no ar, os amantes se crivam de balas e Neff foge
mancando para se confessar. Keyes se reúne a ele e, para sua tristeza, pega o
fim da história. Neff pede quatro horas para poder fugir para o México, mas
Keyes sabe que é impossível: "Você nunca vai chegar à fronteira. Não
consegue nem chegar ao elevador." KN
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ANTES DE MORRER 172)
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