Direção:
Abel Gance
Produção:
Robert A. Harris
Roteiro:
Abel Gance
Fotografia:
Jules Krueger,
Joseph-Louls Mundwiller, Torpkoff
Música: Arthur Honegger
Elenco:
Antonin
Artaud ………Marat
Albert
Dieudonné …...Napoleão Bonaparte
Vladimir
Roudenko …Napoleão Bonaparte criança
Edmond Van Daële …Maximilien Robespierre
Alexandre Koubitzky ..Danton
Abel Gance …………..Louis Saint-Just
Ainda: Abel Cance, Gina Manes, Suzanne Bianchetti,
Marguerite Cance, Yvette Dieudonné, Philippe Hériat, Pierre Batcheff, Eugénie Buffet,
Acho Chakatouny, Nicolas Koline
Contendo
222 minutos na sua versão mais longa, a cinebiografia de 1927 de Abel Gance é
um épico de escalas que satisfariam seu protagonista. Embora acompanhe
Bonaparte desde seu tempo de estudante em 1780 - comandando guerras de bolas de
neve - até a triunfante campanha italiana de 1796, para os padrões
contemporâneos o filme carece de profundidade. Para Gance, Napoleão
(interpretado por Albert Dieudonné, que faz jus ao nome) era um "homem
guiado pelo destino", não pela psicologia. Sua veneração ao imperador
francês tem algo em comum com Alexandre Nevski (1938), de Sergei Eisensteln,
sendo ambos empolgantes exemplos de cinema a serviço da propaganda
nacionalista. Se Gance é mais um inovador do que um artista, o fato de Napoleão
ainda transbordar energia e inventividade até hoje serve de medida para o seu
brilhantismo. Nenhum de seus contemporâneos - nem mesmo Murnau – usou a câmera
de forma tão inspirada. Gance não via problemas em amarrar cinegrafistas a
cavalos; chegou até a montar uma câmera numa guilhotina. Em outra sequência
brilhante, ele captura o espírito revolucionário de uma vibrante (e muda)
execução da "Marselhesa" fazendo a câmera balançar sobre o cenário
como se estivesse em um trapézio. Seu mais espetacular engenho, no entanto, é a
"Polivisão", um efeito de tela dividida que necessitava de três
projetores para criar um tríptico - quase três décadas antes do advento do
Cinerama. TCh
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 036)
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