Direção:
Edgar G. Ulmer
Produção:
Leon Fromkess, Martin Mooney
Roteiro:
Martin Goldsmith, baseado no livro de sua autoria.
Fotografia:
Benjamin H. Kline
Música:
Leo Erdody, Clarence Gaskill, Jimmy McHugh
Elenco:
Tom Neal …………………Al Roberts
Ann Savage ………………Vera
Claudia Drake ……………Sue Harvey
Edmund MacDonald ……Charles Haskell Jr
Tim Ryan ……Proprietário de restaurante
Esther Howard ……………Holly
Ainda: Pat
Gleason
"O
destino ou alguma outra força misteriosa pode mexer comigo ou com você sem nenhum
motivo especial." Um dos maiores filmes B já produzidos, Curva do destino
não tenta ir além dos seus orçamento e cronograma de filmagem apertados. Em vez
disso, se aproveita da sua própria simplicidade, apresentando um mundo em algum
lugar entre a ficção pulp e o existencialismo, no qual a vida tem valores de
produção baixos e duração curta. Um músico de jazz maltrapilho (Tom Neal) que
viaja de carona pelos Estados Unidos vê sua vida se transformar em um inferno
quando um motorista cai morto, Incriminando-o. Ele se envolve com uma mulher
vulgar (Ann Savage) que o leva à degradação e ao assassinato, culminando em uma
briga inesquecível em um quarto de hotel barato na qual Savage acaba com um fio
de telefone enrolado em volta do pescoço. Edgar G. Ulmer, um expressionista
alemão suando a camisa em produções baratas, era um cineasta mais pretensioso
do que seus admiradores gostariam de admitir, porém esta é uma das verdadeiras
obras-primas da época em que ele passou nas trincheiras da classe Z. Os astros
desconhecidos (Neal, um fracassado na vida real, mais tarde cumpriu pena por assassinato)
são resolutamente desprovidos de glamour e os cenários de estúdio, beiras de
estrada anônimas e paisagens retroprojetadas evocam um mundo saindo do controle
- no qual os desdobramentos impulsionados por coincidências de um roteiro mal
amarrado de filme B podem sugerir a influência maligna de um destino impiedoso.
KN
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