Direção:
Alfred Hitchcock
Produção:
Alfred Hitchcock
Roteiro: Ben
Hecht
fotografia:
Ted Tetzlaff
Musica:
Roy Webb
Elenco:
Cary Grant……………. T.R. Devlin
Ingrid Bergman ……… Alicia Huberman
Claude Rains …………Alexander Sebastian
Louis Calhern …………Capitão Paul Prescott
Leopoldine Konstantin . Madame Anna Sebastian
Reinhold Schünzel …. Dr. Anderson
Ainda: Moroni Olsen, Ivan Triesault. Alex Minotis,
Indicação
ao Oscar: Ben Hecht (roteiro), Claude Rains (ator coadjuvante)
Embora o
produtor David O. Selznick tenha reunido a equipe bem-sucedida do drama psicanalítico
Quando fala o coração (1945), que Incluía o diretor Alfred Hitchcock, a estrela
Ingrld Bergman e o roteirista Ben Hecht, e supervisionado (com sua habitual avalanche
de memorandos) a produção desta história de espiões cheia de classe e romance,
ele acabou vendendo todo o pacote para a RKO e deixou Hitchcock produzir a si
mesmo. Até mesmo David Thomson, o biógrafo de Selznick, admite que a qualidade do
filme se deve ao fato de Selznick não ter estado lá para arruiná-lo. Perto do
fim da Segunda Guerra Mundial, o cordial superespiãoT. R. Devlln (Cary Grant) recruta
Alicia Huberman (Ingrid Bergman) - uma jovem sem perspectivas que se afastou do
pai, um traidor condenado - para se Infiltrar em um grupo de nazistas exilados
na Argentina. Alicia se aflige quando sente que Devlln a está usando para a causa
e é impelida a levar sua missão a extremos ao se casar com o quase paternal
Alexander Sebastian (Claude Rains), um fascista. Dentro da mansão fria e
luxuosa de Sebastian, Alicia passa a ser odiada pelo verdadeiro poder entre os
vilões exilados: a mãe sufocadora e monstruosa de Sebastian (Madame Konstantin), que é o tipo
de criatura que a Sra. Bates teria se tornado se tivesse sido deixada viva. Em uma
festa - na qual um mecanismo de suspense clássico é utilizado quando o
champanhe acaba, obrigando um criado a descer para a adega, onde a angelical
Alicia e o demoníaco Devlln estão bisbilhotando -, Hitchcock revela seu detalhe
mais elegante, embora tópico: garrafas de vinho cheias de urânio sendo usadas
para criar uma bomba atômica nazista. O resultado é um momento aflitivo de descoberta,
quando Sebastian é levado a crer que sua mulher é apenas infiel, e não uma
espiã. O intenso drama triangular de Interlúdio nos força constantemente a
mudar a maneira como nos sentimos a respeito dos três protagonistas, com Rains
chegando a mostrar um heroísmo bizarro no fim. O filme é também um romance
suntuoso, com Grant e Bergman realizando o que era, até aquele momento, o beijo
em dose mais longo do cinema. Fotografado de forma magnífica por Ted Tetzlaff
em um preto-e-branco resplandecente e com seus astros mais belos (e Inspirados)
do que nunca, o último rolo é extremamente agonizante, com a mãe monstruosa
supervisionando o lento envenenamento de Alicia. KN
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 193)
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