Direção:
Abraham Polonsky
Produção:
Bob Roberts
Roteiro:
Abraham Polonsky, Ira Wolfert, baseado no livro Tucker's People, de Ira Wolfert
Fotografia:
George Barnes
Música:
David Raskin
Elenco:
John Garfield …………Joe Morse
Thomas Gomez ………Leo Morse
Marie Windsor ………..Edna Tucker
Howland Chamberlain .. Freddie Bauer
Roy Roberts ……………. Ben Tucker
Paul
Fix ………………… Bill Ficco
Ainda: Stanley Prager, Barry Kelley, Paul McVey,
Beatrice Pearson, Fred Sommers
Como
O mensageiro do diabo, A força do mal é um acontecimento único na história do cinema
americano. Seu diretor, Abraham Polonsky, realizou mais dois filmes muito
depois deste, roteirizando ainda outros, mas este é o único em que toda a
extensão do seu brilhantismo promissor ficou clara, antes de ele ter sido
extinto pela lista negra do Macarthlsmo. A força do mal se coloca de forma
desconfortável dentro do gênero noir, apesar da presença de um astro (John Garficld)
associado a filmes de detetive. Ele é, acima de tudo, poético, conduzido por
uma narração em "versos brancos" e por diálogos harmoniosos altamente
estilizados, que estão entre as mais surpreendentes e radicais inovações do
cinema da década de 40, antecipando Terra de ninguém (1973), de Malick. Esta é
uma história de amoralidade, culpa e redenção, dramatizada através do recurso
quase bíblico da traição entre irmãos. Polonsky quebra o fatalismo sombrio do filme
(sua imagem final que desce até um cadáver em meio ao lixo é aterrorizante) com
uma história de amor comovente e muito moderna entre Garfield e Beatrice
Pearson. O filme é estilizado até os mínimos detalhes com sua ambição poética:
libertar som, Imagem e atuação e fazer os três interagirem em uma polifonia
inebriante. AM
(1001 FILMES PARA VER
ANTES DE MORRER 204)
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