quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

208 1948 NA COVA DA SERPENTE (THE SNAKE PIT, EUA)


Direção: Anatole Litvak
Produção: Robert Bassler, Anatole Litvak, Parryl F. Zanuck
Roteiro: Millen Brand, Frank Partos, baseado no livro de Mary Jane Ward
Fotografia: Leo Tover
Música: Alfred Newman
Elenco:
Olivia de Havilland …Virginia Stuart Cunningham
Mark Stevens ……….Robert Cunningham
Leo Genn ……………Doutor Mark Kik
Celeste Holm ……….Grace
Beulah Bondi ………Sra. Greer
Lee Patrick …………Asylum Inmate
Ainda: Helen Craig, Heulah Bondi, Howard Freeman, Natalie Schäfer, Katherine Locke, Minna Gombell

Indicação ao Oscar: Robert Bassler, Anatole Litvak  (melhor filme), Anatole Litvak (diretor), Frank Partos,
Milien Brand (rotelro), Olivia de Havilland (atriz). Alfred Newman (música)

Um dos produtos mais impressionantes da guinada de Hollywood em direção a um maior realismo no pós-guerra é esta abordagem brutalmente honesta de Anatole Litvak sobre a doença mental e seu tratamento nos sanatórios modernos, cujos horrores incluem a ala superlotada em que os incuráveis são confinados - a "cova da serpente" do título. O filme apresenta uma visão mais equilibrada dos distúrbios mentais do que muitos filmes mais recentes, entre eles o muitas vezes louvado Um estranho no ninho (1976). Virgínia Cunningham (Olívia de Havllland) parece, a princípio, uma psicótica incurável, porém, com o tratamento de Mark Kick (Leo Genn), um médico compassivo, ela consegue se submeter a uma "cura pela fala". Flashbacks mostram uma infância na qual lhe foi negado não só o amor da mãe como também a atenção do pai, que morreu quando Virgínia era muito jovem. Ela também sofre com a morte do homem que ama, pela qual acredita ser responsável. Sob os cuidados do Dr. Kick, ela se eleva a "melhor paciente" da ala, apenas para ser molestada lá dentro por uma enfermeira tirânica. O mau comportamento subsequente de Virgínia a coloca na "cova da serpente"; porém essa experiência aterrorizante se mostra estranhamente terapêutica. Por fim, ela recebe alta, finalmente compreendendo como seus sentimentos de culpa são irracionais. A maneira como o filme mostra o terror pelo qual a doença de Virgínia a faz passar é memorável. O realismo otimista de A cova da serpente contrasta com as soluções pseudofreudianas de outros filmes da época, incluindo Quando fala o coração (1945), de Hitchcock. K BP
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 208)

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