Direção:
George Cukor
Produção:
Lawrence Weingarten
Roteiro:
Ruth Gordon, Garson Kanin
Fotografia:
George J . Folsey
Música:
Cole Porter, Mlklõs Rósza
Elenco: Spencer Tracy, Katharine Hepburn, Judy Holllday,
Tom Ewell, Francis Attinger, David Wayne, lean Hägen, Hope Emerson, Eve March, Clarence
Kolb, Emerson Treacy, Polly Moran, Will Wright, Elizabeth Flournoy
Indicação
ao Oscar: Ruth Cordon, Garson Kanin (roteiro)
"Todos
temos nossos truques." Esta excelente comédia de guerra dos sexos serviu
de inspiração para incontáveis filmes e séries de televisão sobre casais
briguentos, porém sexualmente inflamáveis. Dos nove filmes que a lendária dupla
Spencer Tracy e Katharlne Hepburn fez entre 1947 e 1967, A costela de Adão pode
ser considerado o melhor. Ele ainda conserva o frescor com seus diálogos
espirituosos, discussão animada sobre igualdade entre os sexos e estereótipos
de gênero e atuações maravilhosas. O roteiro foi escrito pelos grandes amigos
de Tracy e Hepburn, o casal Garson Kanin e Ruth Gordon (a atriz que ganhou um
Oscar por O bebê de Rosemary). A história real que deu origem ao enredo foi a
dos advogados William e Dorothy Whitney, marido e mulher, que representaram o
Sr. e a Sra. Raymond Massey em seu divórcio, em seguida se divorciaram e
casaram-se com seus respectivos clientes. A coisa não chega a tanto em A
costela de Adão. Quando Dóris Attinger, uma loura meiga e amalucada interpretada
pela sensacionalmente engraçada Judy Holllday, estreando no papel que lançou
sua carreira meteórica -, é acusada de tentativa de assassinato de Warren (Tom
Ewell), seu marido infiel, a advogada protofemlnista Amanda "Pinkle"
Bonner (Hepburn) concorda em defendê-la. No entanto, o marido de Amanda Adam
"Pinky" Bonner (Tracy), é o promotor público e a batalha dos dois no
tribunal logo se estende para o quarto. As hostilidades se agravam quando Kip
(David Wayne), um músico apaixonado, passa a mostrar interesse por Amanda,
compondo "Farewell, Amanda" (uma canção escrita por Cole Porter) em
sua homenagem. O diretor George Cukor, reconhecendo a teatralidade inerente a
situações de tribunal, mantém um ritmo deliberadamente teatral depois da sequência
de abertura de suspense cômico em que Dóris segue Warren do trabalho até o
local do encontro com Beryl (Jean Hagen), sua amante vulgar, e tenta matá-lo
inutilmente a tiros. Os longos planos-sequência do filme dão a Hepburn a liberdade
de passear pelo tribunal, onde ela faz seu show extraordinariamente astucioso,
e permitem a Tracy extravasar sua indignação diante das táticas da esposa.
Dentre os momentos de destaque estão Amanda interrogando a idiota Dóris no
início e o espetáculo de Adam em lágrimas expondo seu lado feminino para ficar
bem com a esposa. Embora alguns dos argumentos possam parecer antiquados hoje em
dia, a sofisticação do filme permanece Intacta. AE
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