sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

233 1951 UMA RUA CHAMADA PECADO (A STREETCAR NAMED DESIRE, EUA)


Direção: Elia Kazan
Produção: Charles K. Feldman
Roteiro: Tennessee Williams, Oscar liul, baseado na peça de Tennessee Williams
Fotografia: Harry Stradilng Sr.
Música: Alex North
Elenco: Vivien Leigh, Marlon Brando, Kim Hunter, Karl Maiden, Rudy Bond, Nick Dennis, Peg Hillias, Wright King, William Garrick, Ann Dere, Edna Thomis, Mickey Kuhn

Oscar: Vivien Leigh (atriz), Karl Maiden (ator coadjuvante), Kim Hunter (atriz coadjuvante), Richard Lemge,  James Hopkins (direção de arte)

Indicação ao Oscar: Charles K. Feldman (melhor filme), Elia Kazan (Diretor), Tennessee Williams (Roteiro) Marlon Brando (ator), Harry Stradling Sr. (fotografia), Luanda (figurino), Alex North (Música)., Nathan Levinson (som)

"Sempre dependi da bondade de estranhos." Embora a peça deTennessee Williams mantivesse o foco exclusivamente no heroísmo desesperado e poético de Blanche DuBois, o magnetismo grosseiro e animal de Marlon Brando, em contraste com a bel/e frágil e lânguida de Vivien Lelgh, domina a tela. Da mesma forma que havia eletrizado platéias nos palcos da Broadway em detrimento da Blanche de Jéssica Tandy, quatro anos antes (numa produção também dirigida por Elia Kazan). Até hoje, o naturalismo taciturno de Brando, sua sexualidade mundana e seus gritos de "Stellaaaaa!" tornam quase impossível o trabalho dos atores que se aventuram no papel do bruto Stanley Kowalskl depois dele. Ironicamente, a versão de Kazan para o cinema - também roteirizada por Williams, mas submetida à censura por alguns conteúdos impróprios - ganhou três das quatro estatuetas do Oscar de atuação às quais concorreu, Incluindo a de Leigh, que também havia interpretado Blanche na produção do estúdio londrino West End, dirigida por seu marido, sir Laurence Ollvier. Kim Hunter e Karl Malden também ganharam os prêmios de atriz e ator coadjuvantes, porém Brando foi derrotado por Humphrey Bogart (por Uma aventura na África). Não obstante, o impacto de Brando em Uma rua chamada pecado o colocou na vanguarda dos atores de cinema modernos, tornando-o o mais famoso e influente expoente do "método" do Actors Studlo. Tendo perdido para o fisco a propriedade da sua família há muito decadente, e sua reputação ao buscar esquecimento e consolo, Blanche chega a Nova Orleans para morar com Stella, sua irmã mais nova, e seu rude cunhado Stanley no apartamento apertado e abafado dos dois. Stanley - convencido de que Blanche está escondendo uma herança imaginária - é enlouquecido pela mulher neurótica, que se agarra de forma patética a seu refinamento e aos seus devaneios. Sob as ameaças rancorosas de Stanley, as últimas esperanças de Blanche são brutalmente destruídas e ela se refugia em um estado psicótico. Embora seja o sétimo longa-metragem de Kazan, Uma rua chamada pecado é mais teatral do que cinematográfico. Seu poder provém das atuações, especialmente do cativante duelo entre a teatral Leigh, com seu estilo ferino, etéreo e clássico (que poderia ser chamado de determinado), e o explosivo e instintivo Brando, que são tão distintos em seus métodos de atuação quanto Blanche e Stanley o são em suas personalidades. Kazan, que foi co-fundador do Actors Studio em 1947 e ainda era um nome de peso no teatro americano da época, mostrava pouco interesse nas possibilidades visuais da mídia, mas seu traquejo com atores fica multo claro aqui. AE
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 233)

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