Direção:
Elia Kazan
Produção:
Charles K. Feldman
Roteiro:
Tennessee Williams, Oscar liul, baseado na peça de Tennessee Williams
Fotografia:
Harry Stradilng Sr.
Música:
Alex North
Elenco: Vivien Leigh, Marlon Brando, Kim Hunter, Karl
Maiden, Rudy Bond, Nick Dennis, Peg Hillias, Wright King, William Garrick, Ann
Dere, Edna Thomis, Mickey Kuhn
Oscar:
Vivien Leigh (atriz), Karl Maiden (ator coadjuvante), Kim Hunter (atriz
coadjuvante), Richard Lemge, James
Hopkins (direção de arte)
Indicação
ao Oscar: Charles K. Feldman (melhor filme), Elia Kazan (Diretor), Tennessee
Williams (Roteiro) Marlon Brando (ator), Harry Stradling Sr. (fotografia),
Luanda (figurino), Alex North (Música)., Nathan Levinson (som)
"Sempre
dependi da bondade de estranhos." Embora a peça deTennessee Williams
mantivesse o foco exclusivamente no heroísmo desesperado e poético de Blanche
DuBois, o magnetismo grosseiro e animal de Marlon Brando, em contraste com a
bel/e frágil e lânguida de Vivien Lelgh, domina a tela. Da mesma forma que
havia eletrizado platéias nos palcos da Broadway em detrimento da Blanche de
Jéssica Tandy, quatro anos antes (numa produção também dirigida por Elia Kazan).
Até hoje, o naturalismo taciturno de Brando, sua sexualidade mundana e seus
gritos de "Stellaaaaa!" tornam quase impossível o trabalho dos atores
que se aventuram no papel do bruto Stanley Kowalskl depois dele. Ironicamente,
a versão de Kazan para o cinema - também roteirizada por Williams, mas
submetida à censura por alguns conteúdos impróprios - ganhou três das quatro estatuetas
do Oscar de atuação às quais concorreu, Incluindo a de Leigh, que também havia
interpretado Blanche na produção do estúdio londrino West End, dirigida por seu
marido, sir Laurence Ollvier. Kim Hunter e Karl Malden também ganharam os
prêmios de atriz e ator coadjuvantes, porém Brando foi derrotado por Humphrey
Bogart (por Uma aventura na África). Não obstante, o impacto de Brando em Uma
rua chamada pecado o colocou na vanguarda dos atores de cinema modernos,
tornando-o o mais famoso e influente expoente do "método" do Actors
Studlo. Tendo perdido para o fisco a propriedade da sua família há muito
decadente, e sua reputação ao buscar esquecimento e consolo, Blanche chega a
Nova Orleans para morar com Stella, sua irmã mais nova, e seu rude cunhado
Stanley no apartamento apertado e abafado dos dois. Stanley - convencido de que
Blanche está escondendo uma herança imaginária - é enlouquecido pela mulher
neurótica, que se agarra de forma patética a seu refinamento e aos seus
devaneios. Sob as ameaças rancorosas de Stanley, as últimas esperanças de
Blanche são brutalmente destruídas e ela se refugia em um estado psicótico. Embora
seja o sétimo longa-metragem de Kazan, Uma rua chamada pecado é mais teatral do
que cinematográfico. Seu poder provém das atuações, especialmente do cativante
duelo entre a teatral Leigh, com seu estilo ferino, etéreo e clássico (que poderia
ser chamado de determinado), e o explosivo e instintivo Brando, que são tão distintos
em seus métodos de atuação quanto Blanche e Stanley o são em suas
personalidades. Kazan, que foi co-fundador do Actors Studio em 1947 e ainda era
um nome de peso no teatro americano da época, mostrava pouco interesse nas
possibilidades visuais da mídia, mas seu traquejo com atores fica multo claro
aqui. AE
(1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER 233)
Nenhum comentário:
Postar um comentário