Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Clark Gregg
Produção: Jack Rapke, Steve Starkey,
Robert Zemeckis; Steven J. Boyd, Cherylanne Martin (Produtores Associados);
Joan Bradshaw, Mark Johnson (Produtores Executivos)
Elenco: Michelle
Pfeifer, Harrison Ford, Katharine Towne, Miranda Otto, James Remar, Victoria
Bidewell
Baita
filme meia-boca esse Revelação, viu.
E que ainda tem nome de grupo de pagode… Lembro que lá nos anos 2000 fui ao
cinema assisti-lo, e tinha até achado interessante e tal, já que tanto no final
dos anos 90 quanto no começo da década em questão, estavam rolando vários
filmes nessa pegada sobrenatural, como O Sexto Sentido, Ecos do Além e
por aí vai. Mas revendo, ele é fraquinhoooooo…. Mas né, o que esperar de um
terror genérico de Robert Zemeckis, com os estreladíssimos Harrison Ford e
Michelle Pfeifer no elenco? Aliás, o que foi um baita choque mesmo ao revê-lo é
descobrir que o roteirista é um tal de Clark Gregg? Ligou o nome a pessoa? Não?
É o Agente Coulson (ou filho de Coul, segundo o Thor). Quem diria que antes do
cara virar um Agente da Superintendência Humana de Intervenção Espionagem
Logística e Dissuasão ele tinha escrito um thriller de vingancinha sobrenatural? Fora, que Zemeckis
mega quer ser uma wanna be Hitchcock
nesse filme. Ele não consegue, claro. Ele é um bom diretor, mas não para esse
tipo de produção. Somente a cena da banheira que a personagem de Michelle
Pfeifer está dopada por uma droga anestésica que ele consegue se aproximar do
mestre. Na real essa cena é bem angustiante e o único bom momento do filme
todo, porque de resto ele não assusta, não tem nenhuma cena sobrenatural de
impacto e as reviravoltas da trama são risíveis e óbvias. Aliás Pfeifer, toda
linda e loura (e sensual pacas em uma cena de possessão) tem uma excelente
interpretação no papel de Claire Spencer, esposa do Dr. Norman Spencer, papel
de Ford, uma mulher que parece estar às raias da loucura quando suspeita que
tem um fantasma em sua casa. Na primeira metade do filme, entre ela acreditar
estar ficando biruta e o espírito começar a se manifestar para valer, a donzela
pensa que a morta que está tentando se comunicar com ela é a esposa do vizinho,
que acabara de se mudar para dar aula na mesma universidade onde Norman realiza
sua pesquisa. Mas no final das contas a vizinha estava viva, e ambos só
passaram por uma pequena crise conjugal. E falando nisso, o casal Spencer já
não anda lá tão bem assim, e depois vamos descobrir que o doutor garanhão andou
pulando a cerca com uma aluna obsessiva. Daí vem o segundo plot twist do filme, quando então,
fazendo suas investigações, Claire lembra que seu marido teve um caso (sua
memória foi afetada após sofrer um acidente de carro que lhe rendeu uma amnésia
seletiva) e a moça, chamada Madison Elizabeth Frank (Amber Valletta), estava
desparecida. Bom, Claire descobre que ela está morta e Norman lhe conta uma
história furada, que depois mais uma vez, investigando (e que bom que ela nunca
tinha absolutamente nada para fazer)...
ALERTA DE SPOILER
... descobre que o maridão matara a moça quando ela
tentou revelar tudo, o que colocaria a carreira, casamento e tudo mais em
risco. Já temos três reviravoltas, o que é tipo um recorde. De um longa com
elementos sobrenaturais onde o fantasma vai dando dicas para que sua morte seja
revelada, transforma-se em um suspense ao melhor estilo Supercine com o maridão
psicopata tentando matar a mulher e a mesma fugindo e lutando por sua
sobrevivência. Fora né, que é um filme machista pra caralho, relegando a
personagem de Pfeifer a uma “dona de casa” de luxo, que vive a sombra do
marido bonitão, garanhão, gênio, bem sucedido, piloto da Millenium Falcon,
arqueólogo aventureiro e caçador de andróides, que fica com as estudantes
novinhas, e ela lá, sendo taxada de louca, submissa, trouxa, que abandonou a
carreira de musicista, é a típica “esposa perfeita” só para no final, mostrar
um pouco de personalidade forte e virar a situação. Revelação, por ser um filme de terror fácil, com grandes astros de Hollywood, um
diretor conhecido, produção de um grande estúdio e pesada campanha de marketing,
acabou se tornando um sucesso comercial, e faturou quase 300 milhões de dólares
contando bilheteria e home vídeo. Mas é bem fraquinho, clichê, prosaico, só tem
uma cena incrível e vale só como passatempo despretensioso, e nada mais que
isso.
FONTE: http://101horrormovies.com/2015/09/04/715-revelacao-2000/
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