Direção: Tobe
Hooper
Roteiro: Paul
Monash (baseado no livro de Stephen King)
Produção: Richard
Kobritz, Anna Cottle (Produtor Associado), Stirling Silliphant (Produtor
Executivo)
Elenco: David
Soul, James Mason, Lance Kerwin, Bonnie Bedelia, Lew Ayres, Julie Cobb, Elisha
Cook Jr.
Minissérie feita para
a televisão adaptada de uma obra de Stephen King. O que aconteceu pela primeira
vez em Os Vampiros de Salem, baseado no livro “A
Hora do Vampiro”, segundo da carreira do escritor, que foi ao ar pelo canal CBS
em novembro de 1979, tornaria-se uma verdadeira constante. Uma porrada de
telefilmes e minisséries do Mestre do Terror seriam feitos diretamente para as
telinhas e ajudariam, e muito, na imensa popularização do autor do Maine.
Algumas de muita qualidade, como o próprio Os Vampiros de Salem, It – Uma Obra Prima do Medo e A Tempestade do Século, por exemplo, e
outras execráveis, como Fenda no
Tempo, A Dança da Morte, Rose Red – A Casa Adormecida e Desespero. Pois bem, dirigido por Tobe
Hooper em seu auge e escrita por Paul Monash, Os Vampiros de
Salem originalmente foi lançado em seis episódios e mais tarde
transformado em um filme para seu lançamento comercial tanto nos cinemas,
quanto VHS e DVD. E vou lhe falar que traz uma das mais bacanas e assustadoras
representações de vampiros do gênero. Por mais que Barlow, o vampiro-mor, seja
uma cópia azul do personagem de Nosferatu, a caracterização dos demais vampiros
é sinistra, com sua pele de cera e hipnóticos olhos brancos brilhantes. As
cenas em que os sanguessugas aparecem voando na neblina e batendo na janela de
suas vítimas tarde da noite para que sejam convidadas a entrar, é muito bem
feita (e tornou-se um clássico). A trama em seus 184 minutos de duração traz o
escritor Bem Mears (David Soul) que volta à sua cidadezinha natal, Salem’s Lot
(diminutivo de Jerusalem’s Lot), na Nova Inglaterra, para escrever um livro
sobre a Mansão Marsten, um casarão vitoriano no topo de uma colina que irradia
maldade. Pior ainda que ela acaba de ser alugada pelo funesto Richard K.
Straker (James Mason) e seu sócio Barlow (que nunca sequer apareceu na cidade),
em vias de abrir um antiquário por lá. As bizarras mortes por anemia começam a acontecer
quando Straker paga ao corretor imobiliário Larry Crockett (Fred Willard) para
que ele contrate duas pessoas a fim de trazer um estranho carregamento de
Portland, que escolados no cinema de terror como somos, sabemos que é o caixão
com o terrível vampiro dentro. Logo Ben começa a desconfiar da origem dessas
mortes e obviamente é desacreditado, sendo auxiliado apenas pela namorada que
descolou ao voltar à cidade, Susan Norton (Bonnie Bedelia), seu pai médico, o
Dr. Bill Norton (Ed Flanders) e seu antigo professor de escola, Jason Burke
(Lew Ayres), além do jovem vidrado em monstros e personagem de terror, Mark
Petrie (Lance Kerwin), que teve seus pais e amigos mortos pelos vampiros e
deseja vingança. Esse é o estopim para a cidade inteira de Salem’s Lot ser
subjugada por Barlow, seu carniçal Straker e a horda de vampiros que ele foi
transformando no decorrer de sua curta estada, condenando todos os moradores do
local, exceto Mears, o Dr. Norton e o jovem Pietre que resolvem adentrar à casa
para caçar o morto-vivo, mesmo Mears tendo um medo danado da mansão, pois
durante a infância, quando sua tia trabalhava de governanta por lá, entrou no
imóvel e foi testemunha do suicídio do infame Hubbie Marsten, proprietário o
qual recaía suspeita de ser responsável pelo desaparecimento de criancinhas na
época. A teoria então de Ben Mears é que há alguma força maligna na casa que
atrai apenas esse tipo de moradores. Mas ele nunca iria imaginar ter de lidar
com vampiros. Stephen King concebeu “A Hora do Vampiro” para ser sua versão de
Drácula vindo para América. Porém o produtor Richard Kobritz resolveu fazê-lo
mais parecido com o monstro de Nosferatu – Uma Sinfonia de Horror: assustador e
asqueroso, pois estava preocupado que um vilão romantizado não teria o impacto
que ele gostaria. Na verdade eu acho que foi uma escolha acertada, pois em
1979, havia estreado Drácula de John Badham
com um charmoso Frank Langella no papel principal. Em contrapartida, Werner
Herzog também entregaria no mesmo ano o seu remake Nosferatu – O
Vampiro da Noite.
Então ficou elas por elas. Detalhe que George A. Romero era o nome cotado para
dirigir o filme, quando este ainda seria uma adaptação cinematográfica e não
uma minissérie televisiva. Quando a ideia foi abortada exatamente por conta do
lançamento dos dois longas citados acima, Romero pulou do barco e a vaga ficou
com Tobe Hooper, selecionado por Kobritz após assistir adivinhe qual filme? O Massacre da Serra Elétrica, claro. Os Vampiros
de Salem alcançou altos níveis de audiência na televisão americana e
tornou-se um sucesso instantâneo, ajudando a pavimentar definitivamente o
sucesso do escritor e tornar suas adaptações de livros uma verdadeira febre.
Foi até se pensado pelos figurões executivos do estúdio em transformá-lo em uma
série de TV convencional, mas que nunca foi para frente. Só que a minissérie
ganhou uma pavorosa continuação em 1987, quase dez anos depois, escrita e
dirigida por Larry Cohen, lançada em sessão dupla com A Ilha dos Monstros,
terceiro filme da trilogia de Nasce um Monstro. Detalhe que Cohen
escreveu o roteiro original de Os Vampiros de Salem, mas o produtor achou
o script uma “porcaria” e pediu para Paul Monasch reescrevê-lo,
cortando Cohen totalmente dos créditos. Em 2004, “A Hora do Vampiro” foi mais
uma vez transformada em uma minissérie, desta vez exibida na TNT, que ganhou no
Brasil o título de A Mansão Marsten, quando lançada direto em DVD, com Rob
Lowe, Donald Sutherland, James Cromwell e Rutger Rauer no elenco. Que também é
bastante decente, por sinal.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2014/03/27/399-os-vampiros-de-salem-1979/
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