Direção: Jeannot
Szwarc
Roteiro: Carl
Gottlieb, Howard Sacker
Produção: David
Brown, Richard D. Zanuck, Joe Alves (Produtor Associado)
Elenco: Roy
Scheider, Lorraine Gary, Murray Hamilton, Joseph Mascolo, Jeffrey Kramer,
Collin Wilcox
Tubarão 2 é uma das mais
decentes sequências do cinema, ainda mais pensando na dificuldade em fazer uma
continuação de um filme como Tubarão, o
primeiro blockbuster da história do cinema. Claro que não é melhor
que o original. A verdade é que uma série de problemas rondaram a realização de
Tubarão 2, desde condições climáticas, passando demissão do diretor original
John D. Hancok por diferenças criativas e uma queda de braço entre o produtor
Richard Zanuck e o presidente da MCA Sid Sheinberg (que queria um papel de
maior destaque para sua então esposa Lorraine Gary – que repete o papel de Ellen
Brody) até bate-bocas constante entre o novo diretor contratado, Jeannot Szwarc
e Roy Scheider, que também volta como Martin Brody, participando do filme a
contragosto, obrigado pela Universal por ter quebrado contrato e pulado fora de
atuar em O Franco Atirador. O próprio percursor do gênero que gerou uma
infinidade de plágios e spin offs obviamente tentaria abocanhar mais
grana da plateia com uma sequência e deu MUITO certo, afinal até então foi
considerada a mais rentável continuação da história do cinema, faturando mais
de 200 milhões de dólares de bilheteria (contra os 30 milhões de orçamento,
filme mais caro feito pela Universal naqueles tempos). Fora isso, foi o
responsável por uma das mais famosas taglines da indústria:
“justo quando você achou que era seguro voltar à água”. Novamente a outrora
pacata Amity Island está à mercê de um grande branco, e também novamente as
autoridades não dão a mínima trela para as suspeitas do Chefe Brody. Será que
não aprenderam nada com ele no incidente ocorrido há três anos? O prefeito
Larry Vaughn (também reprise de Murray Hamilton) finge demência quanto aos
desaparecimentos e provas fotográficas e o inescrupuloso Len Peterson (Joseph
Mascolo) só se preocupa com a especulação imobiliária crescente na ilha e vender
terrenos, e nada traria pior publicidade para o negócio do que um pânico em
massa por conta de um tubarão naquelas águas. Enquanto isso, os filhos do casal
cresceram e Michael (Mark Gruner) é um adolescente com hormônios em ebulição e
paixão por barcos, saindo para velejar durante todo o verão com seus amigos e
com sua paixonite, prima de uma amiga. Já o menorzinho Sean (Marc Gilpin)
continua um garoto pentelho e que irá se meter em confusão na sequência final
por sua chantagem com o irmão mais velho, sabiamente colocado de castigo pelo
pai (mas que irá desobedecê-lo como manda o figurino). Os adolescentes partem
em uma manhã ensolarada para velejar, não parando no farol de costume e indo
até Cable Junction, e no caminho são atacados pela besta marinha sedenta por
sangue, com seus mais de 7,5m de comprimento. Brody tem de correr contra o
tempo para salvar seus filhos e os demais jovens das mandíbulas da faminta
criatura. Tubarão 2 é cheio de cenas emblemáticas, que fazem parte dos
grandes momentos memoráveis da franquia, como: a famosa cena do ski aquático
quando a garota é atacada e o irmão mais novo do Bruce (apelido do tubarão do
primeiro filme, em alusão ao advogado de Spielberg) consegue uma horrenda
cicatriz de queimadura no rosto quando a piloto mete fogo no barco; a orca
encontrada parcialmente devorada encalhada na praia; Brody histérico gritando a
famosa frase “saiam todos da água” e atirando contra um cardume de peixes que
julgava ser um tubarão; um helicóptero atacado pelo leviatã e afundado; e claro,
a antológica cena do peixe sendo eletrocutado por um cabo de eletricidade
mostrando obviamente que aquilo era uma mecatrônico (com fumaça saindo dos
olhos… desde quando sai fumaça dos olhos de um animal quando eletrocutado?). Saudosismo
grita alto quando assisto Tubarão 2, tanto quanto vejo o primeiro. Afinal,
um garoto louco por tubarões como eu não tinha como não gostar do filme e ter
lembranças respeitosas dele. E acho legal que essas duas fitas da franquia são
imbatíveis até hoje (nunca mais se fez filmes sobre essas “máquinas de matar
marinhas” no mesmo nível até esse presente momento). Só que depois vieram as
desgraças que são a terceira e quarta parte, mas isso fica para depois.
FONTE:
http://101horrormovies.com/2014/02/26/380-tubarao-2-1978/
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