Direção: Joseph Zito
Roteiro: Barney
Cohen, Bruce Hidemi Sakow (história)
Produção: Frank Mancuso Jr., Tony Bishop (Coprodutor),
Robert M. Barsamain e Lisa Barsamain (Produtores Executivos)
Elenco: Kimberly
Beck, Peter Barton, Corey Feldman, Erich Anderson, Crispin Glover, Clyde Hayes,
Barbara Howard
Sério, Sexta-Feira 13 – O Capítulo
Final (que capítulo final, cara pálida?) é o
meu preferido da cinesérie. Eu sei, eu sei que é mais do mesmo, recauchuta só a
mesma história iniciada lá no primeiro Sexta-Feira 13 de
1980, não traz nada de novo, mas, é aquele que tem as mortes mais escabrosas e
violentas até então e a maior quantidade de nudez. COMO NÃO GOSTAR? Fora que é
o filme que vemos o querido Jason Voohrees desde o começo com sua emblemática
máscara de hóquei (ele é colocado até na gaveta do necrotério com ela, sério…)
e tem claro, aquela cena final impactante (mesmo que copiada do final de Sexta-Feira 13: Parte 2,
aproveitando-se da hã… lerdeza mental do nosso vilão), primeiro por vermos o
assassino deformadão sem a máscara e depois pelo pequeno Tommy Jarvis (Corey
Feldman pré bulinação de Michael Jackson), personagem que ganharia importância
futura na série, virado no Jiraya com seu ataque de facão. Bem, dessa vez o
longa foi dirigido por Jospeh Zito, credenciado pelo ótimo Quem Matou Rosemary? e
teve a volta do mestre Tom Savini na maquiagem, em seu esplendor, mostrando
Jason em sua melhor forma psicopata. Vai ter um enfermeiro com a jugular
cortada por um serrote e a cabeça virada para trás; uma caronista com a
garganta perfurada por uma faca enquanto comia uma banana; a mocinha que foi
nadar pelada de noite atravessada por uma faca com bote inflável e tudo; um
sujeito que toma um arpão nos bagos e é levantado por Jason; o rapaz que tem a
mão presa por um saca-rolha e leva com o cutelo no olho; o sujeito que tem o
rosto esmagado contra o azulejo do box e por aí vai. Imediatamente após os
acontecidos de Sexta-Feira 13 – Parte 3 (contados
no início juntamente com um recap dos
outros dois filmes anteriores) o corpo de Jason é levado para o necrotério
local, supostamente morto, para apenas escapar e continuar sua contagem de
cadáveres (são 13 ao total neste aqui) contra aqueles adolescentes lascivos que
invadem seu território ao redor de Crystal Lake. Fazendo umas contas
rápidas, os eventos de Sexta-Feira
13 – O Capítulo Final começam na noite de um domingo 15 (tendo em vista
que a terceira parte começa na tal data “azarada” e termina dois dias depois) e
tem sua noite de clímax na quinta-feira 17. Deveria ser carnaval por lá ou
rolou uma semana do saco cheio e coisa e tal. Um bando de adolescentes aluga um
chalé no mato (entre eles está um jovem Crispin Glover que mais tarde seria o
pai de Marty McFly em De Volta
Para o Futuro e o Willard de A Vingança de Willard) ao lado da casa dos Jarvis, dos irmãos
Tommy e Trish (Kimberly Beck). Claro que esse monte de gente que só quer nadar
sem roupa, trepar, fumar maconha e festejar estará lá só para servir de vítima
do Jason. Na trama ainda há Rob Dyer (Erich Anderson) que vem rastreando os
passos de Jason na tentativa de caçá-lo e se vingar da perda da irmã, Sandra,
assassinada pelo maníaco na segunda parte.
ALERTA
DE SPOILER: Pule
para o próximo parágrafo, apesar de eu duvidar que você ainda não assistiu ao
filme.
O
confronto final reserva bons momentos para o fã do horror, quando vimos o rosto
deformado de Jason Voohrees, cortesia da excelente maquiagem de Savini (que dizem
as más línguas que só voltou ao filme para poder matar aquilo que havia ajudado
a criar). Após ser acertado com seu próprio facão no olho e o rosto (ou máscara
de látex, vai) e escorregar afundando mais ainda a lâmina, o intrépido vilão
que é mais duro de matar que John McLane mexe os dedinhos, movimento o
suficiente para Tommy pegar a faca e começar a golpeá-lo violentamente diversas
vezes, em uma cena bem chocante por você ver a imagem de uma criança praticando
tal ato. O orçamento de Sexta-Feira
13 – O Capítulo Final foi de pouco mais de um milhão de dólares.
Sendo um terror de baixo orçamento, obviamente muitos problemas aconteceram
durante a produção, o que levou a certo desentendimento entre o diretor Joseph
Zito com diversos atores que tiveram de se submeter a cenas perigosas e
desconfortáveis sem dublês, como a gatinha Judie Aronson (Samantha) que teve de
ficar nua submersa no lago em uma temperatura baixíssima e Peter Barton (Doug)
que realmente se machucou com o ataque de Jason no chuveiro. Ted White que
interpreta Jason advogava em nome dos atores e uma relação tensa se estabeleceu
entre ele e Zito, que culminou em seu nome tendo sido tirado dos créditos e o
mesmo chamando o filme de “verdadeira merda”. Como você bem sabe, a ideia era
que Sexta-Feira 13 – O Capítulo
Final fosse o capítulo final, mas após ele faturar impressionantes 32
milhões de dólares de bilheteria, os executivos da Paramount mudaram de ideia e
decidiram não aposentar a lucrativa franquia. O próximo filme tentou criar um
novo direcionamento na série e até trouxe os desdobramentos do que ocorreu com
o pequeno Tommy após a traumática experiência, mas a recepção de crítica e
público foi péssima e não tardaria para que Jason voltasse logo, mas tudo isso
fica para posts futuros. O que importa é que Sexta-Feira 13 – O Capítulo Final é feito na medida para os
fãs da série slasher.
FONTE:
https://101horrormovies.com/2014/07/31/489-sexta-feira-13-o-capitulo-final-1984/
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