Direção: Jack Sholder
Roteiro: Jim Kouf
Produção: Michael Meltzer, Gerald T. Olson, Robert
Shaye; Stephen Diener, Dennis Harris, Jeffrey Klein, Lee Muhl (Produtores
Executivos)
Elenco: Kyle MacLachlan, Michael Nouri, Claudia
Christian, Clarence Felder, Clu Gulager, Ed O’Ross,
O Escondido é um clássico do sci-fi B dos anos 80. O
filme cult do diretor
Jack Sholder (que já havia dirigido Noite de Pânico e A Hora do Pesadelo Parte 2: A
Vingança de Freddy) é na
medida certa para aqueles que curtem filmes de ficção científica e os que
curtem policiais aos moldes Máquina
Mortífera. Considerado pela crítica na época uma mistura de Exterminador do Futuro com Os Invasores de Corpos, O Escondido pode pegar de surpresa os desavisados (mas só até
certo ponto, vai) com todos seus clichês de filme de ação dos anos 80: excesso
de testosterona, a conturbada relação entre os dois policiais que caçam um
assassino impiedoso, tiroteio aos montes, perseguições em alta velocidade e por
aí vai. Só que realmente o charme da produção é o fato do criminoso ser na
verdade hospedeiro de um parasita alienígena que entra por sua boca e toma
controle do corpo da pessoa, dando-lhe um instinto assassino incontrolável,
completa falta de moral, apreço por Ferraris e gosto por música no último
volume. O filme começa com uma câmera de segurança de um banco mostrando o
outrora pacato cidadão de bem Jack DeVries (John McCann) fazendo suas primeiras
vítimas, roubando o local e saindo em disparada em uma Ferrari. Após cenas de
perseguição de alta octanagem, ele finalmente é detido e fuzilado pelo time de
policiais do Sargento Tom Beck (Michael Nouri). Levado ao hospital nas últimas,
o parasita alienígena sai de DeVrit e passa para o corpo do sujeito ao lado,
Jonathan Miller (William Boyett), que começará a arruaça da vez. Paralelo a
isso, o agente do FBI, Lloyd Gallagher (Kyle MacLachlan, famoso pelo papel de
outro agente do FBI, Dale Cooper, da série Twin Peaks) é designado do escritório de Seattle (aparentemente) e
pede ajuda de Beck para caçar agora Miller, alegando que ele e DeVrit estavam
mancomunados. Não precisa ser cientista de foguete para descobrir logo de cara
que Gallagher também é um alienígena e vem caçando o extraterrestre malvado por
anos e planetas, uma vez que ele foi o responsável pela morte do parceiro,
esposa e filha do ET. Nisso o mais legal é acompanhar Beck se metendo em uma
situação inverossímil e sem entender muito do que está acontecendo, mas com seu
faro policial de que algo está errado e não está sendo contado. A ficha começa
a cair quando o parasita sai do corpo de Miller para possuir astripper Brenda (a deliciosa
Claudia Christian que mais tarde voltaria ao sci-fi na série Babylon
5) e depois de tomar pelo menos uns 15 tiros à queima-roupa, não
consegue ser abatida. Tratando-se de anos 80, tenho que dizer que a aparência
do verme espacial é bem decente. A cena em que sai da boca de DeVries para se
transferir a Miller foi filmada em stop-motion.
A cada pausa do frame, o bichinho era colocado em uma nova posição dentro do
molde da cabeça do ator. O responsável foi Kevin Yagher, que anteriormente
trabalhou na equipe de Tom Savini em Sexta-Feira 13 – O Capítulo
Final e cuidou da maquiagem de Freddy
Krueger em A Hora do Pesadelo
Parte 2: A Vingança de Freddy. Quanto ao efeito visual do raio da
arminha estilo Homens de Preto de Gallagher, esse aí é precário. Uma
curiosidade é que se você reparar bem, na cena da fuga da prisão quando o
alienígena chega arrebentando tudo querendo acabar com a raça de Gallagher, um
dos prisioneiros é ninguém menos que Danny Trejo, que aparece por apenas alguns
segundos no frame e
foi uma das suas primeiras participações no cinema, antes de virar ator fetiche
de Robert Rodriguez. Vendo novamente para resenha-lo continuo atestando que é
um filme dos mais divertidos. Ganhou uma continuação depois de seis anos que
nem é digna de nota.
FONTE:
https://101horrormovies.com/2014/09/26/531-o-escondido-1987/
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