Direção: Richard Wenk
Roteiro: Richard Wenk
Produção: Donald P.
Borchers
Elenco: Chris
Makepeace, Sandy Baron, Robert Rusler, Dedde Pfeiffer, Gedde Watanabe, Grace
Jones, Billy Drago
Vamp – A Noite dos Vampiros é um subestimado filme do
gênero. Longe do patamar dos grandes clássicos, mas definitivamente um cult que grita os anos 80 em cada frame
da película, é mais um “terrir” vampiresco da década (que tem como seu maior
exemplo A Hora do Espanto), que viria até a servir de muita influência para produções vindouras,
como obviamente, Um Drink no Inferno da dupla Robert Rodriguez e
Quentin Tarantino. Esteticamente não tem como analisar Vamp – A Noite dos Vampiros
sem esbarrar no visual exagerado e estereótipos da década de 80. O que hoje é
datado e cafona, na época era um verdadeiro desbunde e talvez se você não viveu
aquele período ou não é fã daquela estética de alguma forma, a fita só é
enfadonha e fraca. Mas caso contrário, é uma delícia rever aquele senso de
humor caricato, rapazes de mullets vestindo
blazer de ombreira, strippers de cabelo frisado usando
biquíni asa delta, trilha sonora new
wave e jogo de cores puxado para o azul, verde e rosa. E claro, tudo
isso sem contar a presença da exótica Grace Jones, atriz, modelo, cantora e um
dos símbolos sexuais da época. Ela dá vida, mesmo sem ter uma única linha de
diálogo e completamente descaracterizada, à Katrina, a vampira-mor vinda desde
o Egito Antigo que é a grande atração exuberante daquele clube de strip tease infernal localizado em
uma cidadezinha erma, que funciona como chamariz para os solitários e
deprimidos homens que servirão de fonte de sangue para todas as criaturas da
noite que trabalham no staff. Dois garotões, Keith (Chris Makepeace) e AJ
(Robert Rusler) querem entrar para a fraternidade de uma universidade e o
ritual de iniciação é trazer alguma stripper para
se apresentar em uma festa. Eles se juntam ao bobalhão Duncan (Gedde Watanabe) que
é o cara sem amigos que possui o carrão, dinheiro e cartões de crédito para
pegarem a estrada rumo ao deserto e irem atrás de um clube que descobriram em
um anúncio. Eles param em uma cidade praticamente deserta no Kansas, arrumam
confusão com um bando de punks, chefiados por Snow, personagem do naipe Billy Drago, em uma lanchonete e depois
encontram o tal clube de strip.
Encantado pela beleza hipnótica emanada pela performance de Katrina, AJ tenta
contratá-la, quando acaba virando vítima da moça, que se transforma em uma
deformada criatura com seus longos caninos e maxilar saliente. Acontece que na
verdade a morte de AJ se mostra um erro, pois diferente do perfil dos tiozões
solitários e caminhoneiros sem família que frequentam o local, o rapazola estava
com dois amigos, que então começam a ser caçados para que a máscara vampírica
do local não caia. Keith tem de fugir por sua vida naquela cidade infestada de
mortos-vivos, incluindo uma criancinha sinistra que adora voar na jugular das
pessoas, com a ajuda da garçonete Allison (Dedee Pfeiffer – irmã gracinha da
Michelle) que trabalhava a pouco tempo no local e tinha uma quedinha pelo
garoto no colegial. Inclusive uma das coisas mais bacanas da fita é a constante
desconfiança de que ela também seja uma vampira e como o diretor Richard Wenk
(que também escreveu o roteiro baseado em uma ideia sua e do produtor Donald P.
Borchers) brinca com o espectador em todo momento. Também temos dois
personagens excêntricos do clube, que são carniçais de Katrina: o gerente Vic
(Sand Baron) que a qualquer custo quer levar o clube para Las Vegas e é chegado
em comer umas baratas e o leão de chácara, Vlad (Brad Logan), apaixonado por
Katrina, que valem os momentos em que aparecem em cena. Três pontos altos e
memoráveis de Vamp – A Noite dos Vampiros merecem nota: Quando Katrina se
revela uma vampirona e dilacera a jugular de AJ após seduzi-lo; quando o mesmo
retorna como vampiro e resolve bater um papo com Keith pedindo para que seja
sacrificado; e terceiro, a batalha final contra a rainha das trevas nos esgotos
e sua última ação após ser derrotada. Como disse lá em cima, Vamp – A
Noite dos Vampiros não é o melhor filme das criaturas notívagas de longas
presas de todos os tempos, mas é bastante divertido e cheio de clichês que funcionam
como paródia do próprio gênero, algo bem típico das produções daquela época. Vale
também pelo saudosismo, como quase todos os casos em filmes como esse.
FONTE: https://101horrormovies.com/2014/09/18/525-vamp-a-noite-dos-vampiros-1986/
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